sábado, 24 de janeiro de 2009

Décimo quarto e décimo quinto dias

Como estive bastante ocupado nos últimos dois dias e não consegui escrever o diário de viagem, vou aproveitar a viagem de trem de Dresden até Leipzig para relatar os eventos de ontem e hoje.

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23 de janeiro

Fui cedo para a universidade e conversei com a Carol pelo Skype até por volta das 10 horas, quando começaria a minha aula. Porém, o professor se atrasou e a aula acabou começando somente por volta das 10 e meia. O tema da aula foi “Production Design”, design de produção, também conhecido como direção de arte. Essa aula foi incomum, pois havia poucos alunos, pois alguns haviam ficado doentes. Depois de uma exposição sobre o tema, o professor passou, como ilustração, o making off do filme “The Lezte Mann”, traduzido para o inglês como “The Laughting Man”, que é um filme alemão mudo da década de 20 e que foi dirigido por Murneau.
O almoço no Mensa estava muito bom. Eu comi espinafre, batata, uma carne de porco que acho que era Kassler e de sobremesa um bolo (depois eu mando a foto). Depois do almoço, o professor levou minha turma para o museu de filmes de Berlim, onde estava sendo montada uma exposição sobre Hitchcock. Os responsáveis pelo museu apresentaram a exposição para nós, pois sem eles, nada entenderíamos, já que muitas das peças não estavam nem pregadas nas paredes ainda. Foi bem interessante conhecer as relações entre os departamentos na produção de um filme, principalmente no contexto das obras de Hitchcock, que muitos consideram um gênio por fazer tudo sozinho, fato que não é verossímil.
Após a exposição, ficamos mais algum tempo no museu de filmes esperando por outros colegas que iriam nos encontrar (outro motivo é quês estava bastante frio ontem, com um vento bastante forte). No final, quase ninguém foi até lá. Apesar disso, saímos em busca de algum lugar para sentarmos e comermos alguma coisa. Não encontramos nada por perto e então o grupo, que era de 5, acabou se dispersando. Fui, no final, com minha vizinha de apartamento até a região da Alexanderplatz, onde passamos numa loja de eletrônicos (Mediamarkt, onde o (para o Gui, o Pit e o Lucas) X-box 360 custava a partir de 180 euros!). De lá, saímos andando e encontramos uma rua com vários restaurantes e bares bastante legais. Acabamos entrando em um que era bem barato, com as pizzas custando a partir de 4 euros (e o pior é que eram boas!).
Depois, quando voltamos, minha amiga passou no meu apartamento, pois iria passar músicas para o mp3 que ela comprou e iria emprestar o sabão em pó, para ela não cometer o mesmo erro que eu e esquecê-lo (como ela não iria para Dresden, ela iria lavar roupas no sábado).

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24 de janeiro

Acordei muito cedo no hoje (6 e quinze) para não me atrasar novamente para a excursão. Mesmo assim, acabei chegando em cima da hora, 7 e meia, na universidade, pois os trens e ônibus também têm preguiça de acordar cedo. Porém, o ônibus da viagem acabou saindo somente por volta das 8 e 20, pois um grupo de alunos avisou que iria se atrasar. Acho que esse atraso já estava no cronograma, pois o mesmo foi seguido pontualmente. Antes de partirmos, perguntei a instrutora se poderia “fugir” da excursão, pois não estava (e acho que nunca vou estar) com vontade de ficar num grupo imenso ouvindo alguém dizer coisas nem sempre interessantes e visitando lugares nem sempre interessantes. No meio do caminho paramos em um posto, que era muito bom, principalmente quando comparado com os postos brasileiros (aqui também tem lei seca, mas eles vendem uma quantidade bem grande de cervejas no posto, para ver a responsabilidade dos alemães, que também pode ser percebida nos ônibus e trens, que não possuem catracas). Dormi praticamente a viagem toda, acordando quando chegamos a Dresden (11 horas). Lá, fiz o city tour com o grupo (até as 13 e 20) e conheci o centro histórico que é bastante interessante, pois se trata de uma cidade que teve, no século XIX um governante maluco e megalomaníaco, que gostava de contruir muitas coisas, além de ter sido praticamente destruída na Segunda Guerra e passado o período comunista praticamente abandonada (boa parte desse centro histórico foi restaurada e reinaugurada nos últimos 10 anos). Tirei muitas fotos hoje (acho que nem a Carol ganha de mim!) e logo vou colocá-las aqui. É claro que o lugar que mais me chamou a atenção foi a ópera de Dresden, que é bastante famosa (é claro, também, que já sabia que as duas da tarde iria ter uma apresentação e por isso queria fugir do grupo!).
Mas as igrejas e o rio Elba, tamb´me são bastante bonitos e mereceram também, muitas fotos.
Voltando à ópera, fui para lá logo ao termino do tour e consegui comprar ingressos de estudante por 10 euros (novamente, no melhor lugar da sala, bem no meio e na oitava fileira). Porém, nessa ópera eles fazem uma coisa não muito justa que é obrigar todos a deixar os casacos na chapelaria e cobrar 1,50 euros por isso. De qualquer modo, a apresentação foi de uma opereta, que é bastante famosa “O Morcego” de Johann Strauss Filho (a abertura, tenho certeza que todos conhecem). A récita era entremeada por diversas intervenções de diálogos cômicos, além de ser totalmente em alemão e sem legenda, fatos que dificultaram a minha compreensão de tudo o que ocorria. Mesmo, assim, entendi a história e algumas piadas. A montagem era muito bem feita, com o fosso da orquestra não ficando muito na beira do palco, permitindo que os cantores viessem, realmente, perto da platéia. Comprei alguns souvenirs ao final da récita e fui em direção à Hauptbahnhof (estação central), para embarcar rumo a Leipzig. No caminho passei por uma zona mais comercial de Dresden e comi uma salsicha diferente que era bastante boa (Bratwurst, que é um pouco mais ardida que as outras e é característica da região da Turíngia, que fica perto de Dresden. Dreden é capital da Saxônia). O bom da salsicha daqui são os acompanhamentos, no caso da de hoje, a mostarda era muito boa. Chegando na estação, logo comprei minha passagem numa máquina que vende (se compra no caixa é mais caro).
Por volta das 7 horas cheguei em Leipzig, comprei a passagem de volta para Berlim (às 5 da tarde, com duração de 1 hora, por 36 euros) e fui procurar um lugar para passar a noite. Rodei a cidade e vi alguns hotéis, mas acabei escolhendo um albergue perto da estação que parece bastante razoável (15 euros por noite). Fiz o “check-in” e depois saí para explorar a cidade mesmo a noite (na verdade já sabia os lugares onde queria ir). Fui jantar num restaurante bastante famoso na Alemanha, o Auerbachs Keller, que além de ser um lugar onde o Goethe ia quando estudante, é personagem do Fausto do mesmo autor (já que uma das cenas do Fausto se passa lá). Depois, fui tomar café no lugar onde o Schumman ia. Passeio bem turístico, não é? Depois voltei para o albergue e fiquei algum tempo na internet, como deu pra perceber no post anterior (agora eu descobri que dá pra usar o meu computador com internet aqui). Amanhã vou conhecer melhor a cidade...

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3 comentários:

  1. Puxa, que bom passear assim!! Que bom que o tempo estava bom! Espero que esteja assim também quando eu chegar em Berlin!! ^^

    A abertura do morcego é famosa?? Puxa, só assim eu não sei... Fique esperando seu cd do kullervo, ok??

    Bjos =**

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  2. Du, Meu amigo Helio(agrônomo, pai da Bianca)irá pra Berlim, domingo p.f. Irá visitar a feira de alimentos, pela firma espanhola, que representa no Brasil.Encontramo-nos na formatura da ESALQ (uma festa de "babar", alem de, nessa turma se encontrar a 10.000ª formanda da faculdade : uma chinesa, residente em Campinas e 1ª classificada em todos os quesitos do curso) . Uma "cobra" !!!!
    Posso dar o nº de seu telefone? Se precisar de algo ele levará e se quiser visitar a feira, o acompanhará. Ele é mto legal.
    Abraços, tia Mi

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  3. Pode passar o meu número sim. Se quiser, pode passar meu e-mail também, para que possamos ir conversando antes

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