Escrevi ontem...
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18 de janeiro
Já é domingo. Significa que já estou em Berlim a uma semana. Bastante tempo, não é? Mas, na verdade, parece que estou aqui a mais de um mês, pela quantidade de coisas que fiz. Mas hoje foi um dia especialmente longo, já que foi o primeiro dia que eu não tinha nada para fazer (nada que eu tivesse a obrigação de fazer...). Por isso, já havia decidido ontem, fui para Potsdam, uma cidade próxima de Berlim, onde existem muitas coisas legais. Saímos, eu e minha amiga brasileira, por volta das 9 e meia da manhã e chegamos nessa cidade por volta das 10 e meia (depois de pegar três trens e um ônibus e pagando 1,40 euros, na ida e na volta). Chegando, pegamos mapas e decidimos fazer tudo a pé pela cidade, já que a mesma parecia ser pequena (no final acho que andei mais de 15 quilômetros... sem exagero!!). Fomos primeiro para o centro, onde avistamos algumas igrejas bem bonitas e alguns portões no entorno desse centro, que depois descobri, que foram os que sobreviveram aos ataques da segunda guerra. Era um centro bem simpático, porém, logo decidimos ir para a grande atração da cidade que é o Schloss Sansoucci (Castelo Sansoucci), que era a moradia de verão do imperador da Prússia, Friedrich II (Frederico II), o grande. Ele fica num grande jardim, que na verdade parece um parque. Andamos nesse jardim todo e visitamos diversos prédios que existem lá, como o já citado castelo e também o Neues Palais (Palácio Novo), último prédio contruído por Frederico II, que havia sido usado como moradia pelo último imperador alemão Wilhelm II (Guilherme II) até 1918. Quando chegamos nesse prédio, estávamos morrendo de fome (até aí, já tinha dado, pelo menos uns 6 quilômetros de caminhada no gelo, pois a neve estava derretendo, ou seja, muito mais exercício feito!) e decidimos, então, voltar para a cidade para comer. Como bons turistas, decidimos não voltar pelo mesmo caminho que viemos. Resultado: nos perdemos e demos uma volta enorme para chegar na cidade (mais uns 5 quilômetros nessa volta...).
Logo que conseguimos, enfim, voltar, almoçamos num pequeno restaurante que servia o famoso Döner Kebab (mais conhecido no Brasil como churrasco grego), que é muito popular na Alemanha. Estava delicioso, porém era gigante!! Voltamos então para a estação (a cidade já havia terminado!), onde usamos a internet, tomamos um café e, depois, voltamos para Berlim. Por volta das 5 e meia chegamos no apartamento. Mas, como eu sou eu (é claro!), não ia ficar num apartamento em Berlim das 5 e meia de um dia até as 8 e 15 do outro. Decidi, então ir a sala da filarmônica, novamente, para ver se conseguia assistir a mais um concerto (minha amiga não aguentou meu ritmo!). Saí, então, por volta das 6 e meia (depois de já ter adiantado boa parte das minhas lições de casa), com destino à estação que vocês já sabem o nome... De lá, fui direto para a filarmônica e consegui comprar o ingresso por apenas 10 euros (nele está escrito 42 euros) e falando somente em alemão!! (até estou melhorando, pois consegui falar um diálogo completo, perguntando se tinha ingresso, quanto custava e também se havia desconto para estudantes). Não era a Filarmônica de Berlim, mas outra orquestra chamada Deutsche Symphonie Orchester Berlin, que também é bastante boa e conhecida. Na verdade, o que me atraiu para esse concerto era o programa que seria apresentado, que seria de música moderna (do início do século XX, que muitas pessoas não gostam, já que não é fácil de se escutar e demonstram isso através de ataques alérgicos, seja no Brasil ou na Alemanha: não conseguem parar de tossir durante a execução das obras!). Na primeira parte, o maestro escocês Donald Runnicles (diretor da Ópera de São Francisco e que possui como curiosidade o fato de reger com a batuta na mão esquerda) apresentou as 6 peças para orquestra de Webern e em seguida a soprano finlandesa Soile Isokoski (formada na academia Sibelius) cantou o “Sieben fruhë Lieder” (Seven early songs, não consigo traduzir para o português!) de Alban Berg. Na segunda metade, seria uma das minhas sinfonias preferidas, a primeira de Mahler (perceberam que gosto bastante desse compositor, não?). Foi um concerto muito bom, com momentos ótimos, porém não tão empolgante como a Filarmônica de Berlim (essa orquestra que vi hoje é mais nova, com um som mais parecido com o da Osesp). Na saída, passei no Sony Center para usar o computador e me deparei com uma grande plataforma montada no meio do mesmo com o tema do filme Benjamin Button (descobri, com ajuda da Carol, com quem conversei pelo Skype, lá) que amanhã vai ser a premiere européia desse filme, com a participação do Brad Pitt e da Cate Blanchett lá (é claro que vou tentar ir...). Não consegui falar por muito tempo no computador, porque a bateria do meu computador está uma porcaria, sendo que sua autonomia de uso, sem estar ligada na toma está decaindo exponencialmente (quando comecei a falar com a Carol, estava em 75%, após 8 minutos, estava em 50%, após 10 minutos em 30% e com 11 minutos, ele simplesmente desligou. Voltei então para o apartamento e vou dormir pois tenho aula amanhã cedo (é meia noite e meia aqui).
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Só uma observação: talvez haja muitos erros nos textos (gramática, concordância, ambiguidades...), mas isso é porque não estou revisando-os. Acho que isso os torna mais autênticos e subjetivos, pois caso tivesse lido-os novamente, talvez alterasse muitas coisas...
Mais tarde mando fotos...
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
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Filho,
ResponderExcluirestou encantada viajando virtualmente com vc...
Não só sua amiga, eu tbm não aguentaria esse teu pique. Sei q vc tem sede de conhecimento e nw pode perder as oportunidades, siga o q seu coração dita, ouça sua intuição.
Deus te ilumine em seus passos.
Te amo
Os kebabs dominam a Europa!!! O_o''
ResponderExcluirAqui tb tem em todo lugar, e a Rasa disse que na Lituânia tb. Boa sorte com o Bejamin Button, ok?? Não deve ser fácil, né?
Bjos!! =***