Antes que eu esqueça, vai o endereço de um site para vocês visitarem:
http://www.fubis.org/en/fubis/meinungen09.html
Bom, já que de tanto cozinhar aqui já estou ficando muito bom (brincadeira!), vou viajar para a França, para aprender os segredos da cozinha senão a melhor, a mais famosa do planeta. Vou mais precisamente para Lyon, que já foi considerada algum tempo atrás a capital da culinária francesa (fonte: Wikipédia). Na verdade, minha motivação não era ir em busca das comidas, mas porque era bem perto de Genebra, que é na Suíça ainda, sendo barato de ir para lá.
Vou sair hoje às 21h44 de St. Gallen, chegar em Genebra por volta da 1 e meia da manhã e esperar lá até às 5 da manhã, quando pego um trem para Lyon. Acho que nessa viagem consigo descansar o suficiente para agüentar o sábado lá. Domingo de manhã pretendo ir para Genebra e passar o dia lá para voltar à noite para St. Gallen. Vou estar muito cansado, mas tudo bem, pois na próxima segunda não tenho aula.
Voltando ao tema da cozinha, descobri que realmente é difícil lavar uma panela queimada! Lavar a louça já estou acostumado, porque tenho que fazer isso o tempo todo, mas lavar panela é realmente chato. Acho que fiquei meia hora tirando o carvão que ficou no fundo da panela de molho queimado.
Outras novidades são que tenho agora tenho uma conta num banco suíço (se quiser mandar dinheiro para cá podem, só não garanto que alguém o confisque rs.). E também que aluguei um cello aqui, já que não era tão caro e eu realmente estava com saudade de tocar (ainda mais depois de ver tantos concertos como eu já vi por aqui).
Outra coisa que esqueci de contar foi meu passeio para a Alemanha ontem. Como alguém havia me dito aqui e eu já havia percebido, como vocês sabem, a Alemanha é bem mais barata que a Suíça. Por isso, ontem a tarde, fui para Konstanz que é uma cidade que fica bem na fronteira com a Suíça, tendo a estação dividida, uma parte alemã e outra suíça. Ela fica na beira do lago Konstanz (também conhecido como Bodensee) e possui uma espécie de Shopping onde os Suíços vão fazer compras. Aproveitei a companhia do meu amigo canadense que iria comprar algumas coisas e fui até lá, onde não fiquei muito tempo, já que começou a chover e já havíamos conhecido o shopping e feito nossas compras. Na verdade, tudo o que comprei lá foi num supermercado chamado ALDI, que já havia me salvado em Berlim, no dia em que lá cheguei. É um supermercado bem pequeno com pouca variedade de produtos, mas extremamente barato. Comprei até carne brasileira que vou comer junto com esse amigo hoje antes de irmos para a nossa viagem (tinha esquecido de mencionar que ele vai junto comigo).
Falando em comida brasileira, semana que vem vai ter aqui o “International Dinner”, que é um jantar em que se formam equipes por país para se cozinhar pratos do seu país apresentá-los para todos e depois comerem. Se alguém tiver alguma sugestão de comidas que posso fazer aceito, porque por enquanto só decidimos arroz, feijão e caipirinha.
Bom, acho que só vão ter notícias de mim novamente na segunda-feira depois que eu retornar da minha viagem. (Tomara que eu coma ótimos marrons glacês que são famosos nessa região).
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Carnaval
Bom, é carnaval no Brasil e também na Suíça. Em ambos há comemorações, mas aqui não é feriado. Apesar de nunca ter aproveitado muito o carnaval brasileiro, como estava na Suíça, onde a Fasnacht é uma festa bem tradicional, tinha que sair para ver do que se trata. Por isso, no sábado fui para Luzern (Lucerna, em português, a umas 2 horas de St. Gallen), onde há uma comemoração bem grande, não tão grande como o de Basel (Basiléia, em português), porém me disseram que é mais divertido. O que foi engraçado é que mesmo não sendo um evento promovido pela faculdade, muitos alunos de intercâmbio fizeram esse passeio (no trem acabei encontrando muita gente que eu nem sabia que ia). No final no trem das 10h02, acabou indo por volta de 10 intercambistas, sendo que na verdade eu tinha combinado com mais dois, uma brasileira e um canadense. Chegando lá por volta do meio-dia o grupo se dividiu e acabei num grupo, inicialmente, de 5, eu, o canadense e outra canadense, um colombiano e uma colombiana. Ficamos esperando algum tempo nos arredores da estação pelo próximo trem, que trouxa outra colombiana e uma russa para se juntar ao grupo. Nesse meio tempo, pude ir até o KKL, que é uma espécie de centro cultural que abriga uma sala de concertos que é uma das melhores do mundo e sede do famoso festival de Luzern que acontece em Agosto (que pena, já que atualmente só perde para o festival de Salzburg em importância no circuito europeu). Tentei comprar ingressos para a oitava de Mahler que vai ser realizada lá essa semana, mas para minha infelicidade recebi como resposta “Total Ausferkauft”, completamente esgotado (Acho que a oitava de Mahler tem alguma coisa contra mim, pois dá outra vez que tentei assisti-la viajei até o Rio de Janeiro, mas acabou chovendo e o concerto foi cancelado, apesar de ser uma das minhas sinfonias favoritas). Bom, estava muito frio enquanto esperávamos, por isso ficamos dentro desse centro cultural conversando e esperando por cerca de meia hora. Quando os outros chegaram, fomos para o centrinho ver o que estava acontecendo, apesar de já estarem tendo algumas bandas tocando na estação.
A cidade é bem bonita, com o lago Lucerna passando por dentro dela e com várias belas pontes cruzando-o. Quanto à festa, havia muita gente lá, inclusive muitos turistas de diversas partes do mundo. Havia também, a participação efetiva da população local, que vestiam fantasias e ensaiavam com suas bandas para festejar durante todo o dia apesar do frio (na verdade, li em algum lugar que o carnaval aqui é uma festa com o objetivo de espantar o frio). Pelas fotos e vídeos que vou tentar colocar dá para se ter uma idéia melhor. Cada família ou grupo se vestia de uma maneira a serem reconhecidos como tal. Além de ter as máscaras muito bem feitas que todos vestiam. É claro que entramos no clima da festa e compramos confetes, hairspray e tintas, com as quais acabei sendo coagido a ser pintado. (Não adianta pedir que não vou colocar as fotos aqui! Vão ter que esperar até eu voltar para o Brasil). Ficamos lá até as 7 horas da noite que é quando podemos pegar o trem para voltar de graça.
Chegando em St. Gallen, fomos até o Mc Donalds jantar porque estávamos morrendo de fome (na verdade só eu, os canadenses e uma das colombianas, porque os outros estavam muito cansados, como eu, na verdade estava). O Mc Donalds é o ponto de encontro em St. Gallen, então um outro pessoal da faculdade acabou indo para lá também e acabei indo com eles para um bar/danceteria. Porém, como já disse, estava bem cansado e não fiquei muito tempo até voltar para casa (na verdade eu tinha saído de casa às 9 da manhã e cheguei de volta à 1 da manhã...).
Dá para se imaginar o que fiz no domingo... dormi a manhã toda. Quando acordei, fiquei a tarde em casa no computador até que o canadense, que se chama Manu e o meu amigo Bruno vieram até o meu apartamento para planejarmos a nossa viagem para Londres. (É, para quem não sabe, vou duas vezes para Londres, uma vez com o pessoal daqui e outra, duas semanas depois encontrar com a Carol). Depois disso, combinamos de ir jantar com algumas outras pessoas num restaurante/lanchonete que fica aberto de domingo. Chama-se US-Mex e eu comi um hambúrguer que estava razoável, nem se comparando aos hambúrgueres de São Paulo, porém barato para os padrões suíços (quase o preço do Mc Donalds que é bem caro... um número 1 custa 13,50 francos, ou 27 reais!).
Na segunda-feira não acordei muito cedo e fui para a universidade para almoçar antes da aula que começaria ao meio-dia. Ultimamente tenho ido de ônibus, porque está nevando bastante aqui e não é muito bom subir 180 degraus na neve. Bom, a aula era o que eles chamam aqui de tutorial, que é uma espécie de monitoria para nós brasileiros, uma aula complementar dada por um professor assistente que revisa a matéria das aulas anteriores e aqui, também introduz novos conceitos. Até que foi interessante, pois lemos um texto que o Obama escreveu no começo de 2007, quando ainda era senador de Illinois e almejava ser o candidato dos democratas para a presidência. Depois dessa aula, fui para a biblioteca onde tinha que terminar de ler o texto do Adam Smith para a aula de hoje e responder algumas questões. Isso me tomou a tarde toda já que não se trata de uma escrita nem de uma argumentação muito simples (além de estar num inglês do século 18). Mas é um texto muito interessante, sendo uma das bases da economia capitalista moderna.
Hoje foi um dia bem ocupado, já que tive três aulas. Primeiro, logo de manhã, uma aula de uma matéria nova que eu queria experimentar que se chama “Cultural Differences”. No final ela me decepcionou bastante pela superficialidade e o método usado para o estudo da cultura. No Brasil, após dois semestres com matérias de Antropologia na USP, consigo perceber bem o que é uma aula ruim sobre cultura. Um dos motivos é que o professor usa uma definição muito estranha de culturas que acho que não está correta de acordo com o pensamento do autor que ele cita como fonte. Ele usa o conceito de Malinowski para definir cultura com relação às necessidades de uma certa comunidade. Primeiro que, de acordo com o que já estudei, Malinowski não é um nome importante na definição de conceitos de cultura e além disso, o jeito com que depois o professor propôs comparar a “cultura dos Estados Unidos” com a “cultura da China” não é, definitivamente algo academicamente relevante. Porque não dá para se falar em uma cultura para os Estados Unidos, na medida em que um texano ou um californiano possuem comportamentos, crenças e até uma foram de expressar a linguagem que pode ser bastante diversas. Não que não exista uma cultura nacional no mundo atual, mas ao menos ele não escolheu os autores corretos para fundamentar sua argumentação. Acredito que os mais corretos seriam os autores da escola culturalista norte-americana, como Franz Boas e Ruth Benedict, que, entretanto, não estão em nenhum livro da biblioteca dessa universidade que é razoavelmente grande (bem estranho isso).
Entretanto, vou continuar fazendo essa matéria para ter uma idéia de como essa espécie de “Antropologia para Administradores” vai seguir e que vai ser bastante fácil para mim, apesar de termos que escrever ao final do curso um paper de 20 páginas. Acho que nesse, vou conseguir me destacar bastante em relação aos outros alunos.
Depois segui para a aula de “Political Visions of Great Economists” que abordaria, como já disse, Adam Smith. Essa aula é, com certeza, a minha favorita aqui, pois o professor consegue desenvolver a aula com alguma profundidade (mas não muita), já que os alunos são obrigados a ler os textos antes da aula.
Ao final, fui almoçar e comi a melhor comida que comi no Mensa daqui que foi arroz, brócolis e um frango com uma calda que tinha abacaxis. Depois disso, tive que esperar algum tempo pois iria tentar a aula de alemão de um nível mais avançado pois o outro nível tinha sido muito fácil. No final, acho que vou ficar fazendo as duas matérias pois assim acho que ganho mais fluência na língua e aprendo mais.
Depois, fui até o correio buscar a carta que o Gui me mandou e levei até a prefeitura para realizar a minha liberação do pagamento do seguro de saúde daqui. Em seguida fui até o supermercado para comprar ingredientes para cozinhar de verdade aqui, já que estava fazendo só macarrão com molho pronto e sopas instantâneas. Então, comprei tomates, cebola, manjericão, azeite e queijo mussarela (que aqui não é aquele amarelo mas bem parecido com uma mussarela de búfala). Assim, quando cheguei em casa preparei a comida que ficou muito boa apesar de eu ter queimado um pouco do molho devido ao funcionamento estranho desse fogão elétrico. Agora, falta eu lavar toda a louça e limpar a pia, coisas que talvez eu faça hoje, talvez não.
Agora, as fotos:
Primeiro as de Liechtenstein que estou devendo

Essa é a igreja de Vaduz

Agora uma cachoeira congelada no caminho para o castelo de Vaduz

Essa é a vista da altura do castelo (já foi uma boa subida, não?)

O castelo

O caminho que percorri na minha caminhada (não dá para perceber, mas a neve nessatrilha do meio já é suficiente para cobrir todo o pé. Imagina a neve nas bordas!)

O vilarejo em que cheguei (eu sei que esse guindaste está atrapalhando a paisagem...)

A vista de lá (isso mesmo, aquela coisa lá embaixo é a cidade de Vaduz)

Aqui já é o lago Zurique e o belo dia que estava, apesar do frio

A vista da minha poltrona do Tonhalle de Zurique

Agora já estou em Lucerna na beira do lago de mesmo nome

A família toda vestida de Papagenos

Uma das pontes, que são bem antigas de Lucerna

Uma idéia de como é o carnaval

Meus amigos no fim do dia

E por fim, a preparação para o meu jantar de hoje
Agora os vídeos que devem ser vistos considerando que são realmente amadores:
A cidade é bem bonita, com o lago Lucerna passando por dentro dela e com várias belas pontes cruzando-o. Quanto à festa, havia muita gente lá, inclusive muitos turistas de diversas partes do mundo. Havia também, a participação efetiva da população local, que vestiam fantasias e ensaiavam com suas bandas para festejar durante todo o dia apesar do frio (na verdade, li em algum lugar que o carnaval aqui é uma festa com o objetivo de espantar o frio). Pelas fotos e vídeos que vou tentar colocar dá para se ter uma idéia melhor. Cada família ou grupo se vestia de uma maneira a serem reconhecidos como tal. Além de ter as máscaras muito bem feitas que todos vestiam. É claro que entramos no clima da festa e compramos confetes, hairspray e tintas, com as quais acabei sendo coagido a ser pintado. (Não adianta pedir que não vou colocar as fotos aqui! Vão ter que esperar até eu voltar para o Brasil). Ficamos lá até as 7 horas da noite que é quando podemos pegar o trem para voltar de graça.
Chegando em St. Gallen, fomos até o Mc Donalds jantar porque estávamos morrendo de fome (na verdade só eu, os canadenses e uma das colombianas, porque os outros estavam muito cansados, como eu, na verdade estava). O Mc Donalds é o ponto de encontro em St. Gallen, então um outro pessoal da faculdade acabou indo para lá também e acabei indo com eles para um bar/danceteria. Porém, como já disse, estava bem cansado e não fiquei muito tempo até voltar para casa (na verdade eu tinha saído de casa às 9 da manhã e cheguei de volta à 1 da manhã...).
Dá para se imaginar o que fiz no domingo... dormi a manhã toda. Quando acordei, fiquei a tarde em casa no computador até que o canadense, que se chama Manu e o meu amigo Bruno vieram até o meu apartamento para planejarmos a nossa viagem para Londres. (É, para quem não sabe, vou duas vezes para Londres, uma vez com o pessoal daqui e outra, duas semanas depois encontrar com a Carol). Depois disso, combinamos de ir jantar com algumas outras pessoas num restaurante/lanchonete que fica aberto de domingo. Chama-se US-Mex e eu comi um hambúrguer que estava razoável, nem se comparando aos hambúrgueres de São Paulo, porém barato para os padrões suíços (quase o preço do Mc Donalds que é bem caro... um número 1 custa 13,50 francos, ou 27 reais!).
Na segunda-feira não acordei muito cedo e fui para a universidade para almoçar antes da aula que começaria ao meio-dia. Ultimamente tenho ido de ônibus, porque está nevando bastante aqui e não é muito bom subir 180 degraus na neve. Bom, a aula era o que eles chamam aqui de tutorial, que é uma espécie de monitoria para nós brasileiros, uma aula complementar dada por um professor assistente que revisa a matéria das aulas anteriores e aqui, também introduz novos conceitos. Até que foi interessante, pois lemos um texto que o Obama escreveu no começo de 2007, quando ainda era senador de Illinois e almejava ser o candidato dos democratas para a presidência. Depois dessa aula, fui para a biblioteca onde tinha que terminar de ler o texto do Adam Smith para a aula de hoje e responder algumas questões. Isso me tomou a tarde toda já que não se trata de uma escrita nem de uma argumentação muito simples (além de estar num inglês do século 18). Mas é um texto muito interessante, sendo uma das bases da economia capitalista moderna.
Hoje foi um dia bem ocupado, já que tive três aulas. Primeiro, logo de manhã, uma aula de uma matéria nova que eu queria experimentar que se chama “Cultural Differences”. No final ela me decepcionou bastante pela superficialidade e o método usado para o estudo da cultura. No Brasil, após dois semestres com matérias de Antropologia na USP, consigo perceber bem o que é uma aula ruim sobre cultura. Um dos motivos é que o professor usa uma definição muito estranha de culturas que acho que não está correta de acordo com o pensamento do autor que ele cita como fonte. Ele usa o conceito de Malinowski para definir cultura com relação às necessidades de uma certa comunidade. Primeiro que, de acordo com o que já estudei, Malinowski não é um nome importante na definição de conceitos de cultura e além disso, o jeito com que depois o professor propôs comparar a “cultura dos Estados Unidos” com a “cultura da China” não é, definitivamente algo academicamente relevante. Porque não dá para se falar em uma cultura para os Estados Unidos, na medida em que um texano ou um californiano possuem comportamentos, crenças e até uma foram de expressar a linguagem que pode ser bastante diversas. Não que não exista uma cultura nacional no mundo atual, mas ao menos ele não escolheu os autores corretos para fundamentar sua argumentação. Acredito que os mais corretos seriam os autores da escola culturalista norte-americana, como Franz Boas e Ruth Benedict, que, entretanto, não estão em nenhum livro da biblioteca dessa universidade que é razoavelmente grande (bem estranho isso).
Entretanto, vou continuar fazendo essa matéria para ter uma idéia de como essa espécie de “Antropologia para Administradores” vai seguir e que vai ser bastante fácil para mim, apesar de termos que escrever ao final do curso um paper de 20 páginas. Acho que nesse, vou conseguir me destacar bastante em relação aos outros alunos.
Depois segui para a aula de “Political Visions of Great Economists” que abordaria, como já disse, Adam Smith. Essa aula é, com certeza, a minha favorita aqui, pois o professor consegue desenvolver a aula com alguma profundidade (mas não muita), já que os alunos são obrigados a ler os textos antes da aula.
Ao final, fui almoçar e comi a melhor comida que comi no Mensa daqui que foi arroz, brócolis e um frango com uma calda que tinha abacaxis. Depois disso, tive que esperar algum tempo pois iria tentar a aula de alemão de um nível mais avançado pois o outro nível tinha sido muito fácil. No final, acho que vou ficar fazendo as duas matérias pois assim acho que ganho mais fluência na língua e aprendo mais.
Depois, fui até o correio buscar a carta que o Gui me mandou e levei até a prefeitura para realizar a minha liberação do pagamento do seguro de saúde daqui. Em seguida fui até o supermercado para comprar ingredientes para cozinhar de verdade aqui, já que estava fazendo só macarrão com molho pronto e sopas instantâneas. Então, comprei tomates, cebola, manjericão, azeite e queijo mussarela (que aqui não é aquele amarelo mas bem parecido com uma mussarela de búfala). Assim, quando cheguei em casa preparei a comida que ficou muito boa apesar de eu ter queimado um pouco do molho devido ao funcionamento estranho desse fogão elétrico. Agora, falta eu lavar toda a louça e limpar a pia, coisas que talvez eu faça hoje, talvez não.
Agora, as fotos:
Primeiro as de Liechtenstein que estou devendo

Essa é a igreja de Vaduz

Agora uma cachoeira congelada no caminho para o castelo de Vaduz

Essa é a vista da altura do castelo (já foi uma boa subida, não?)

O castelo

O caminho que percorri na minha caminhada (não dá para perceber, mas a neve nessatrilha do meio já é suficiente para cobrir todo o pé. Imagina a neve nas bordas!)

O vilarejo em que cheguei (eu sei que esse guindaste está atrapalhando a paisagem...)

A vista de lá (isso mesmo, aquela coisa lá embaixo é a cidade de Vaduz)

Aqui já é o lago Zurique e o belo dia que estava, apesar do frio

A vista da minha poltrona do Tonhalle de Zurique

Agora já estou em Lucerna na beira do lago de mesmo nome

A família toda vestida de Papagenos

Uma das pontes, que são bem antigas de Lucerna

Uma idéia de como é o carnaval

Meus amigos no fim do dia

E por fim, a preparação para o meu jantar de hoje
Agora os vídeos que devem ser vistos considerando que são realmente amadores:
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Concertos, Zurique e fim da primeira semana de aulas
Quarta-feira fui para uma aula que começava bem cedo, às 8 da manhã. A matéria era relacionada com políticas públicas e impostos, o que a tornava bem interessante, porém, após assistir a primeira metade da aula, soube que não era aquilo que queria. Primeiro, porque o professor falava um inglês quase incompreensível, depois, que a abordagem dele não era nem um pouco agradável nem fácil. Ele ia passando os slides com equações gigantes, com muitas derivadas e integrais e falando: “isso é bem fácil e vocês devem estudar sozinhos em casa”. Assim, desisti dessa matéria antes de acabar a primeira aula (ainda bem que tenho essa opção aqui, podendo escolher as matérias que vou cursar no semestre, nas duas primeiras semanas, experimentando-as). Como a matéria que eu quero fazer a tarde começa somente daqui a duas semanas, tinha o resto do dia livre. Livre, no sentido que não tinha nenhuma obrigação para cumprir, porque, na verdade, ele já estava muito bem planejado. Já havia descoberto na internet que haveria um concerto bem interessante em Zurique e que eles tinham preços especiais para estudantes. Assim, não custava nada tentar ir pra lá, já que, no mínimo, conheceria uma nova cidade. Assim, peguei o trem em St. Gallen aproximadamente às 11 da manhã. Acho que eu gosto muito de viajar de trem e as viagens de trem são bem produtivas pra mim, porque sempre consigo descansar e relaxar nelas, vendo as belas paisagens brancas e também consigo ler muito. Na ida, consegui ler metade do Adam Smith que tenho que ler para a próxima aula e ainda terminar o trecho do Alberto Caeiro que estava lendo há algum tempo (na verdade, acho que os poemas de Alberto Caeiro combinam perfeitamente com as paisagens suíças, na medida em que ele fala do contato com a natureza como a explicação para tudo o que não tem explicação, e é o que se percebe, quando se observa belas paisagens naturais). Na volta consegui ler bastante do livro que comprei em Zurique, numa livraria somente de livros em inglês, que foi “O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu”, do Oliver Sacks, um neurocientista.
Voltando à chegada em Zurique, cheguei por volta de meio-dia e quinze, com bastante fome. A minha sorte é que estava tendo uma feirinha na estação de trem que era bastante boa, com muitas comidas. Acabei comendo uma salsicha e tomando um suco de maçã (a salsicha não é novidade, como sempre porque é a coisa mais barata e que alimenta bem. Já sobre suco de maçã, esqueço sempre que aqui na Suíça, eles sempre acabam te dando um “Apfelschörle” ao invés de “um Apfelsaft”, o que significa que eles te dão um suco de maçã com gás, que eu não gosto muito). Depois saí para andar pela cidade, indo em direção ao lago que fica bem perto da sala de concerto, o Tonhalle (que numa tradução livre significa o pavilhão dos sons). A cidade é bastante bonita, com bastantes prédios velhos, mas também prédios modernos, com muitas lojas de grife, além de vários braços da lagoa que entrar por entre os prédios, fazendo com que haja muitas pontes. Estava bem frio e depois de me perder um pouco, cheguei na sala de concertos e comprei meu ingresso de estudante, por 20 francos. Depois, tinha que continuar passeando na cidade até a hora que o concerto começaria. Assim, fui conhecer a cidade do jeito que acho que é o melhor, que é ir se perdendo por ela. Não se perder a ponto de não se saber onde se está, mas ir andando sem rumo (assim, conheci Berlim e estou conhecendo St. Gallen). Fui para em muitos lugares interessantes, como uma loja de música de 5 andares e a livraria de livros em inglês, onde passei boa parte do meu tempo. Fui também para uma loja de departamentos, onde fui para a seção de alimentos, é claro, e fiquei degustando, com os olhos as ótimas comidas que ficam lá. (se são boas não sei, mas parecem).
Sei que quando faltava um pouco mais de uma hora para o concerto começar fui para o Tonhalle, onde foi surpreendido por uma surpresa preparada pela orquestra, que foi uma pequena apresentação de um quarteto (piano, violino, viola e cello) tocando algumas peças de um compositor que iria ser apresentado no concerto principal, que era o americano do começo do século passado Charles Ives. O Tonhalle é uma sala bem velha, sendo que foi inaugurada por Brahms, mas bastante bonita. O concerto foi bom, iniciado com “Three Places in New England”, do compositor americano já citado, seguida da terceira sinfonia de Mendelsohn (já me enjoei um pouco de Mendelsohn aqui, que tem sido muito tocado decorrente do seu aniversário de 200 anos). O programa foi finalizado com o segundo concerto de Brahms, tocado por um pianista bastante famoso, chamado Yefim Bronfman (para quem assistiu o filme da Disney, Fantasia 2000, ele é quem toca o segundo concerto de Shostakovich, que é a trilha da história do soldadinho de chumbo). No final do concerto, tanto o pianista, quanto o maestro, David Zinman, iriam autografar um Cd que haviam gravado juntos e, como não havia fila, pedi para autografarem o programa do concerto, já que não queria muito comprar o Cd. Depois, voltei caminhando para a estação e peguei o trem de volta para St. Gallen, sem pagar nada, chegando bem tarde, por volta de meia-noite.
Esse programa todo tinha sido programado com o prévio conhecimento de que não teria aula na manhã seguinte e assim, poderia descansar. E foi o que fiz, indo para a faculdade só para almoçar por volta de uma da tarde. As duas tinha aula de alemão, que não foi muito interessante pois foi bastante básica (entrei no nível “pre-intermediate”, que acho que vou continuar para ganhar fluência, mas vou também fazer o nível “intermediate” que é um pouco difícil, mas acho que consigo acompanhar). Logo em seguida fui tentar uma aula diferente, o título da matéria era: “Imagining America II: South”. Lendo a descrição sabia que era sobre o sul dos Estados Unidos, mas assistindo a aula, descobri ser algo como o sul dos Estados Unidos foi interpretado na literatura no passar do tempo. Não tem muita relação com os cursos que estudo na faculdade, mas como estou com tempo aqui, até que é interessante fazer um curso de literatura e, por isso, vou continuar nessa matéria.
Saindo da faculdade, já sabia o meu destino, que era ir para mais um concerto, dessa vez da orquestra de St. Gallen. Assim, fui direto para a sala de concerto, também chamada Tonhalle (estranho, não?), e comprei meu ingresso de estudante por 10 francos. Como faltava mais de uma hora para o concerto começar, fui dar uma volta na cidade em busca de um supermercado para comprar algo para comer. Porém, comecei a reparar em várias pessoas com roupas e maquiagens estranhas. Só depois de algum tempo, quando vi algumas bandas tocando, todas fantasiadas pela cidade, pecebi que era uma comemoração de carnaval. Depois que saí do concerto fiquei algum tempo andando pela cidade e vendo como era essa festa. Tinha muitas pessoas nas ruas, inclusive muitas crianças que faziam bastante bagunça, porém, tudo bem organizado. É bem diferente do carnaval do Brasil, até na motivação, já que pelo que entendi, eles comemoram o Carnaval para espantar o frio. Voltando ao concerto, foi baseado em compositores ingleses. Foram apresentadas: a “Simple Symphony”, de Benjamim Britten, “A walk to the Paradise Garden”, de Frederick Delius, as Variações Enigma de Edward Elgar (que já assisti muitas vezes e gosto bastante), além do concerto para tuba de Vaughn Williams. Nunca havia visto um concerto para tuba e até que foi divertido, ainda mais pelo bis do tubista (da própria orquestra Karl Schimke) que foi um arranjo bem legal de Balckbird dos Beatles. A orquestra é boa, mas não tão boa como a de Zurique que é uma das melhores do mundo. Ela fez uma peça “complexa” (o Elgar) e outras três mais “simples”, todas bem tocadas. A sala de concertos é bem pequena e simples nos detalhes mas tem uma acústica boa.
Hoje, sexta-feira, fui para a faculdade de manhã assistir a aula de “International Relations Theory” que parecia, pela descrição ser bastante interessante, como foi a aula. O problema é que quando fui buscar os textos de leitura do semestre descobri que vou ter bastante trabalho nessa matéria, já que o bloco de textos custou 31 francos, o que significa muito texto. Mas, sem problemas, já que acho que ando tendo tempo demais... Depois fui no supermercado comprar algo para o almoço e voltei para o apartamento onde cozinhei batata rosti e salsichas. Até que deu certo e a comida ficou boa, mas depois tive que lavar toda a louça e a pia que ficaram bem sujas com minha bagunça. Depois do almoço, descansei um pouco e depois saí para caminhar na cidade, já escurecendo, em busca de outra comemoração de carnaval, para eu, dessa vez, fotografar. Porém, não havia nada, mas só muita neve, o que fez com que acabasse voltando para o apartamento.
Voltando à chegada em Zurique, cheguei por volta de meio-dia e quinze, com bastante fome. A minha sorte é que estava tendo uma feirinha na estação de trem que era bastante boa, com muitas comidas. Acabei comendo uma salsicha e tomando um suco de maçã (a salsicha não é novidade, como sempre porque é a coisa mais barata e que alimenta bem. Já sobre suco de maçã, esqueço sempre que aqui na Suíça, eles sempre acabam te dando um “Apfelschörle” ao invés de “um Apfelsaft”, o que significa que eles te dão um suco de maçã com gás, que eu não gosto muito). Depois saí para andar pela cidade, indo em direção ao lago que fica bem perto da sala de concerto, o Tonhalle (que numa tradução livre significa o pavilhão dos sons). A cidade é bastante bonita, com bastantes prédios velhos, mas também prédios modernos, com muitas lojas de grife, além de vários braços da lagoa que entrar por entre os prédios, fazendo com que haja muitas pontes. Estava bem frio e depois de me perder um pouco, cheguei na sala de concertos e comprei meu ingresso de estudante, por 20 francos. Depois, tinha que continuar passeando na cidade até a hora que o concerto começaria. Assim, fui conhecer a cidade do jeito que acho que é o melhor, que é ir se perdendo por ela. Não se perder a ponto de não se saber onde se está, mas ir andando sem rumo (assim, conheci Berlim e estou conhecendo St. Gallen). Fui para em muitos lugares interessantes, como uma loja de música de 5 andares e a livraria de livros em inglês, onde passei boa parte do meu tempo. Fui também para uma loja de departamentos, onde fui para a seção de alimentos, é claro, e fiquei degustando, com os olhos as ótimas comidas que ficam lá. (se são boas não sei, mas parecem).
Sei que quando faltava um pouco mais de uma hora para o concerto começar fui para o Tonhalle, onde foi surpreendido por uma surpresa preparada pela orquestra, que foi uma pequena apresentação de um quarteto (piano, violino, viola e cello) tocando algumas peças de um compositor que iria ser apresentado no concerto principal, que era o americano do começo do século passado Charles Ives. O Tonhalle é uma sala bem velha, sendo que foi inaugurada por Brahms, mas bastante bonita. O concerto foi bom, iniciado com “Three Places in New England”, do compositor americano já citado, seguida da terceira sinfonia de Mendelsohn (já me enjoei um pouco de Mendelsohn aqui, que tem sido muito tocado decorrente do seu aniversário de 200 anos). O programa foi finalizado com o segundo concerto de Brahms, tocado por um pianista bastante famoso, chamado Yefim Bronfman (para quem assistiu o filme da Disney, Fantasia 2000, ele é quem toca o segundo concerto de Shostakovich, que é a trilha da história do soldadinho de chumbo). No final do concerto, tanto o pianista, quanto o maestro, David Zinman, iriam autografar um Cd que haviam gravado juntos e, como não havia fila, pedi para autografarem o programa do concerto, já que não queria muito comprar o Cd. Depois, voltei caminhando para a estação e peguei o trem de volta para St. Gallen, sem pagar nada, chegando bem tarde, por volta de meia-noite.
Esse programa todo tinha sido programado com o prévio conhecimento de que não teria aula na manhã seguinte e assim, poderia descansar. E foi o que fiz, indo para a faculdade só para almoçar por volta de uma da tarde. As duas tinha aula de alemão, que não foi muito interessante pois foi bastante básica (entrei no nível “pre-intermediate”, que acho que vou continuar para ganhar fluência, mas vou também fazer o nível “intermediate” que é um pouco difícil, mas acho que consigo acompanhar). Logo em seguida fui tentar uma aula diferente, o título da matéria era: “Imagining America II: South”. Lendo a descrição sabia que era sobre o sul dos Estados Unidos, mas assistindo a aula, descobri ser algo como o sul dos Estados Unidos foi interpretado na literatura no passar do tempo. Não tem muita relação com os cursos que estudo na faculdade, mas como estou com tempo aqui, até que é interessante fazer um curso de literatura e, por isso, vou continuar nessa matéria.
Saindo da faculdade, já sabia o meu destino, que era ir para mais um concerto, dessa vez da orquestra de St. Gallen. Assim, fui direto para a sala de concerto, também chamada Tonhalle (estranho, não?), e comprei meu ingresso de estudante por 10 francos. Como faltava mais de uma hora para o concerto começar, fui dar uma volta na cidade em busca de um supermercado para comprar algo para comer. Porém, comecei a reparar em várias pessoas com roupas e maquiagens estranhas. Só depois de algum tempo, quando vi algumas bandas tocando, todas fantasiadas pela cidade, pecebi que era uma comemoração de carnaval. Depois que saí do concerto fiquei algum tempo andando pela cidade e vendo como era essa festa. Tinha muitas pessoas nas ruas, inclusive muitas crianças que faziam bastante bagunça, porém, tudo bem organizado. É bem diferente do carnaval do Brasil, até na motivação, já que pelo que entendi, eles comemoram o Carnaval para espantar o frio. Voltando ao concerto, foi baseado em compositores ingleses. Foram apresentadas: a “Simple Symphony”, de Benjamim Britten, “A walk to the Paradise Garden”, de Frederick Delius, as Variações Enigma de Edward Elgar (que já assisti muitas vezes e gosto bastante), além do concerto para tuba de Vaughn Williams. Nunca havia visto um concerto para tuba e até que foi divertido, ainda mais pelo bis do tubista (da própria orquestra Karl Schimke) que foi um arranjo bem legal de Balckbird dos Beatles. A orquestra é boa, mas não tão boa como a de Zurique que é uma das melhores do mundo. Ela fez uma peça “complexa” (o Elgar) e outras três mais “simples”, todas bem tocadas. A sala de concertos é bem pequena e simples nos detalhes mas tem uma acústica boa.
Hoje, sexta-feira, fui para a faculdade de manhã assistir a aula de “International Relations Theory” que parecia, pela descrição ser bastante interessante, como foi a aula. O problema é que quando fui buscar os textos de leitura do semestre descobri que vou ter bastante trabalho nessa matéria, já que o bloco de textos custou 31 francos, o que significa muito texto. Mas, sem problemas, já que acho que ando tendo tempo demais... Depois fui no supermercado comprar algo para o almoço e voltei para o apartamento onde cozinhei batata rosti e salsichas. Até que deu certo e a comida ficou boa, mas depois tive que lavar toda a louça e a pia que ficaram bem sujas com minha bagunça. Depois do almoço, descansei um pouco e depois saí para caminhar na cidade, já escurecendo, em busca de outra comemoração de carnaval, para eu, dessa vez, fotografar. Porém, não havia nada, mas só muita neve, o que fez com que acabasse voltando para o apartamento.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
St. Gallen 2 e Liechtenstein
Uma coisa curiosa sobre St. Gallen (acho que a Suíça inteira) que esqueci de mencionar é a respeito do sistema de coleta de lixos. Aqui eles valorizam muito a reciclagem e por isso, eles cobram uma taxa bastante alta no lixo recolhido. Porém, o sistema funciona de um jeito que acho muito inteligente. Os impostos estão embutidos no preço do saco de lixo (um pacote com 10 sacos de lixo custa 20 francos!). Esse saco especial é de uma cor específica e só é recolhido uma vez por semana, sendo que se qualquer outra sacola for deixada na rua para ser recolhida, ela não será e se quem a deixou for descoberto, corre o risco de pagar uma multa bem salgada. Com o lixo sendo tão caro, as pessoas têm incentivos a não ter muito lixo, ou seja, a reciclar, por exemplo, papel e garrafas de plástico que são bastante volumosos, deixando-nos nos pontos de coleta de lixo reciclável e não pagando por esse lixo.
Sobre os meus dias aqui, na quinta e na sexta feira foram os últimos dias de “introduction course”, onde tive duas palestras interessantes sobre o “swiss way of life”. Na quinta teve uma instrução de como se matricular nas matérias e como usar a biblioteca da universidade. Na sexta, teve um city-tour que foi interessante pois conheci um pouco mais da história da cidade e visitei alguns lugares interessantes. Algumas curiosidades: St. Gallen era uma das principais cidades da Suíça no final do século 19, sendo responsável por boa parte do PIB, devido ao setor têxtil. Essa é uma tradição que continua até hoje, pois, por exemplo, o vestido de Michelle Obama na posse de Obama foi feito com tecido proveniente de St. Gallen (há uma amostra desse tecido no museu têxtil de St. Gallen). Visitei também, a famosa biblioteca da cidade que foi construída no começo do século 19 e continua até hoje sem nenhuma restauração. É um prédio muito bonito com muitos livros muito velhos. Além disso, visitei a igreja da cidade que fica junto à biblioteca e é muito bonita também. À noite, estava bem cansado e decidi não ir ao Pub Crawl que foi promovido pelos alunos da universidade.
Esqueci de dizer que antes do tour, pela manhã, tive minha última aula de alemão dessa introdução e tive que fazer uma apresentação sobre o Brasil. Acho que me saí razoavelmente bem, pois não é nem um pouco fácil fazer uma apresentação em alemão, nem responder as perguntas que os outros fazem.
Bom, sábado, dormi até tarde pois estava bem cansado e minha cama é bastante boa aqui. Um pouco antes do almoço, resolvi ir para outra parte da cidade, onde tem um shopping e o estádio de futebol (tive que pegar um ônibus, num trajeto que durou por volta de 20 minutos, prova de que a cidade não é tão pequena assim). Pretendo ir em breve assistir um jogo do St. Gallen FC, o segundo time vais velho da Europa, mas que está na segunda divisão do campeonato suíço (pelo menos está em primeiro lugar). No shopping, fiquei algum tempo no Media Markt, uma grande loja de eletrônicos que tinha em Berlin também. Os produtos eletrônicos até que não são tão caros aqui (um microondas, por exemplo, custa 60 francos). Depois, fui até a IKEA, onde comprei algumas coisas que estava precisando para a casa, como um abajur (4,50 francos!). A IKEA é, realmente, como a Carol falou uma cópia da Tok Stok (ou a Tok Stok é uma cópia da IKEA?) porém com produtos muito mais baratos. Nesse shopping, comi uma Kalbsbratwurst, que au não sabia o que era e depois descobri que era salsicha de bezerro. Era bom, mas não supera o Currywurst de Berlim, nem o OLMA Bratwurst daqui de St. Gallen que comi ontem no almoço. Essa última é uma salsicha que é característica de St. Gallen e só é fabricada aqui, tendo até um controle de qualidade e autenticidade. Pelo que entendi, é uma salsicha branca composta por carne de porco vários derivados do leite. É muito boa também, vale a pena experimentar (principalmente as salsichas de barraquinha de rua que são minhas preferidas, talvez pelo preço...).
Bom, voltando ao fim de semana, no domingo, resolvi passear um pouco aqui por perto e fui para um lugar que haviam me recomendado: Liechtenstein. Fica a aproximadamente uma hora e 15 de St. Gallen e o acesso é bem fácil. Um trem até a cidade de Buchs, que demora em torno de uma hora e depois um ônibus para cruzar a fronteira. Trata-se de outro país, porém é muito semelhante à Suíça, compartilhando tudo, desde aeroportos e moeda. O problema é que no domingo, como na Suíça, tudo está fechado, assim não havia muito que se fazer lá. Cheguei na capital Vaduz, que é, provavelmente a menor cidade que já visitei (aproximadamente 8000 habitantes) e dei uma volta por lá. Como já disse, é uma cidade bastante pequena, porém com muitas coisas, como museus e lojas. Acho que como era domingo, todos estavam esquiando porque não havia quase ninguém na cidade. Como não havia quase nada aberto, acabei almoçando numa pizzaria que ficava perto de um supermercado que também estava aberto. Era uma das únicas coisas baratas para se comer, pois os restaurantes abertos eram bem turísticos e eram bem caros. Nesse supermercado, encontrei uma coisa surpreendente: guaraná! Antártica ainda! Nunca imaginei que fosse tomar guaraná em Liechtenstein, ainda mais pagando somente 1,30 francos por uma latinha (impressionante é que em Berlim, não havia encontrado guaraná em nenhum lugar).
Depois do almoço decidi ir até o castelo de Vaduz para vê-lo, já que não é possível entrar nele, já que a riquíssima família real mora lá. É uma grande subida para chegar lá, mas como não havia muito o que fazer, subi. O castelo é bonito, mas nada de mais. Quando estava na frente dele, vi umas placas indicando um caminho a se seguir. Tinha que esperar até as 7 da tarde para vir embora sem pagar nada (graças a uma passe que comprei, que me permite andar de graça em qualquer trem na Suíça após às 7 da noite), assim, decidi caminhar por uma trilha. Foi uma experiência muito interessante subir uma floresta numa montanha cheia de neve, por aproximadamente uma hora. Tinha horas que tinha vontade de desistir e dar a volta quando via as subidas e a grande quantidade de neve, mas pensava que era uma oportunidade talvez única e eu queria ver o que tinha no alto da montanha. Desse modo, no alto, encontrei um pequeno vilarejo, onde havia algumas criações de ovelhas e cabras. A vista de lá era muito bonita, dando para se ver toda a cidade (provavelmente todo o país), além do final dos Alpes. A trilha continuava, porém, como estava exausto e estava escurecendo, decidi voltar para a cidade. Ainda sim, tive que esperar algum tempo até as 7 horas, quando pude sair voltar para St. Gallen. No trem, adormeci por algum tempo e, quando acordei, ouvi algumas vozes falando em português. Pensei que podia estar sonhando, mas era verdade. Até ia começar a falar com as mulheres que conversavam, mas elas estavam falando mal do suposto namorado de uma das duas e não me senti bem em interferir e deixá-las constrangidas. É realmente necessário tomar cuidado com o que se fala, mesmo em outra língua, pois nunca se sabe o que as pessoas que estão escutando estão entendendo.
Ontem, não tive aulas ainda, pois a matéria que escolhi para fazer na segunda feira só começa em duas semanas. Assim, só caminhei pela cidade e como, já disse, comi a OLMA Bratwurst. Outra coisa que aprendi aqui, é ir ao supermercado quando ele está fechando pois, assim, dá para se comprar os produtos perecíveis, como bolos e pães a preços realmente baratos. Além disso, lavei roupas, pois estava precisando. As secadoras ainda não estão colaborando totalmente comigo, pois a roupa não está saindo totalmente seca, mas um pouco úmidas. Assim, meu banheiro virou, aqui também, um grande varal (o bom é que tenho bastantes cabides aqui, o que deixa mais fácil pendurar as camisetas). As fichas da máquina são, pelo menos, mais baratas que em Berlim.
Hoje estava nevando bem forte de manhã, o suficiente para deixar uma pessoa totalmente branca em uma quadra de caminhada. Assim, tive que pegar o ônibus para ir para a universidade. Nele, encontrei meu amigo Bruno que estava indo para a aula de alemão dele na universidade, mas acabou mudando de idéia quando eu falei para qual curso estava indo. Trata-se de uma matéria chamada “The political visions of great economists”, que me despertou muita curiosidade em saber como seriam as aulas, já que, no Brasil, estudo tanto economia quanto política (essa matéria, porém, é do nível “Master” e eu sou do “Bachelor”, mas o professor disse que posso freqüentar as aulas e até ganhar os créditos por essa matéria). A aula não me decepcionou e parece que vai ser bastante interessante. A cada aula o professor (que havia dado uma palestra no introduction course) vai abordar um economista famoso, como Adam Smith e Karl Marx e discutir vários aspectos de seus trabalhos. Depois da aula, fui buscar os textos referentes a essa matéria no lugar onde se pegam os textos aqui. É muito organizado, com todos os textos do semestre estando separados em uma pasta e vendidos como um todo (não como na USP, onde há uma pasta com os textos, toda bagunçada, onde os alunos têm que pedir para que se tire Xerox de cada um dos textos). Depois fui até o correio, onde me disseram que é o melhor lugar par comprar celular e acabei comprando um celular suíço (na verdade, tudo se faz no correio, inclusive pagar o aluguel, fato que já realizei ontem). Agora à noite, teve um coquetel na universidade para que os alunos estrangeiros encontrassem seus buddies, porém não encontrei a minha buddy e logo voltei para casa.
Sobre os meus dias aqui, na quinta e na sexta feira foram os últimos dias de “introduction course”, onde tive duas palestras interessantes sobre o “swiss way of life”. Na quinta teve uma instrução de como se matricular nas matérias e como usar a biblioteca da universidade. Na sexta, teve um city-tour que foi interessante pois conheci um pouco mais da história da cidade e visitei alguns lugares interessantes. Algumas curiosidades: St. Gallen era uma das principais cidades da Suíça no final do século 19, sendo responsável por boa parte do PIB, devido ao setor têxtil. Essa é uma tradição que continua até hoje, pois, por exemplo, o vestido de Michelle Obama na posse de Obama foi feito com tecido proveniente de St. Gallen (há uma amostra desse tecido no museu têxtil de St. Gallen). Visitei também, a famosa biblioteca da cidade que foi construída no começo do século 19 e continua até hoje sem nenhuma restauração. É um prédio muito bonito com muitos livros muito velhos. Além disso, visitei a igreja da cidade que fica junto à biblioteca e é muito bonita também. À noite, estava bem cansado e decidi não ir ao Pub Crawl que foi promovido pelos alunos da universidade.
Esqueci de dizer que antes do tour, pela manhã, tive minha última aula de alemão dessa introdução e tive que fazer uma apresentação sobre o Brasil. Acho que me saí razoavelmente bem, pois não é nem um pouco fácil fazer uma apresentação em alemão, nem responder as perguntas que os outros fazem.
Bom, sábado, dormi até tarde pois estava bem cansado e minha cama é bastante boa aqui. Um pouco antes do almoço, resolvi ir para outra parte da cidade, onde tem um shopping e o estádio de futebol (tive que pegar um ônibus, num trajeto que durou por volta de 20 minutos, prova de que a cidade não é tão pequena assim). Pretendo ir em breve assistir um jogo do St. Gallen FC, o segundo time vais velho da Europa, mas que está na segunda divisão do campeonato suíço (pelo menos está em primeiro lugar). No shopping, fiquei algum tempo no Media Markt, uma grande loja de eletrônicos que tinha em Berlin também. Os produtos eletrônicos até que não são tão caros aqui (um microondas, por exemplo, custa 60 francos). Depois, fui até a IKEA, onde comprei algumas coisas que estava precisando para a casa, como um abajur (4,50 francos!). A IKEA é, realmente, como a Carol falou uma cópia da Tok Stok (ou a Tok Stok é uma cópia da IKEA?) porém com produtos muito mais baratos. Nesse shopping, comi uma Kalbsbratwurst, que au não sabia o que era e depois descobri que era salsicha de bezerro. Era bom, mas não supera o Currywurst de Berlim, nem o OLMA Bratwurst daqui de St. Gallen que comi ontem no almoço. Essa última é uma salsicha que é característica de St. Gallen e só é fabricada aqui, tendo até um controle de qualidade e autenticidade. Pelo que entendi, é uma salsicha branca composta por carne de porco vários derivados do leite. É muito boa também, vale a pena experimentar (principalmente as salsichas de barraquinha de rua que são minhas preferidas, talvez pelo preço...).
Bom, voltando ao fim de semana, no domingo, resolvi passear um pouco aqui por perto e fui para um lugar que haviam me recomendado: Liechtenstein. Fica a aproximadamente uma hora e 15 de St. Gallen e o acesso é bem fácil. Um trem até a cidade de Buchs, que demora em torno de uma hora e depois um ônibus para cruzar a fronteira. Trata-se de outro país, porém é muito semelhante à Suíça, compartilhando tudo, desde aeroportos e moeda. O problema é que no domingo, como na Suíça, tudo está fechado, assim não havia muito que se fazer lá. Cheguei na capital Vaduz, que é, provavelmente a menor cidade que já visitei (aproximadamente 8000 habitantes) e dei uma volta por lá. Como já disse, é uma cidade bastante pequena, porém com muitas coisas, como museus e lojas. Acho que como era domingo, todos estavam esquiando porque não havia quase ninguém na cidade. Como não havia quase nada aberto, acabei almoçando numa pizzaria que ficava perto de um supermercado que também estava aberto. Era uma das únicas coisas baratas para se comer, pois os restaurantes abertos eram bem turísticos e eram bem caros. Nesse supermercado, encontrei uma coisa surpreendente: guaraná! Antártica ainda! Nunca imaginei que fosse tomar guaraná em Liechtenstein, ainda mais pagando somente 1,30 francos por uma latinha (impressionante é que em Berlim, não havia encontrado guaraná em nenhum lugar).
Depois do almoço decidi ir até o castelo de Vaduz para vê-lo, já que não é possível entrar nele, já que a riquíssima família real mora lá. É uma grande subida para chegar lá, mas como não havia muito o que fazer, subi. O castelo é bonito, mas nada de mais. Quando estava na frente dele, vi umas placas indicando um caminho a se seguir. Tinha que esperar até as 7 da tarde para vir embora sem pagar nada (graças a uma passe que comprei, que me permite andar de graça em qualquer trem na Suíça após às 7 da noite), assim, decidi caminhar por uma trilha. Foi uma experiência muito interessante subir uma floresta numa montanha cheia de neve, por aproximadamente uma hora. Tinha horas que tinha vontade de desistir e dar a volta quando via as subidas e a grande quantidade de neve, mas pensava que era uma oportunidade talvez única e eu queria ver o que tinha no alto da montanha. Desse modo, no alto, encontrei um pequeno vilarejo, onde havia algumas criações de ovelhas e cabras. A vista de lá era muito bonita, dando para se ver toda a cidade (provavelmente todo o país), além do final dos Alpes. A trilha continuava, porém, como estava exausto e estava escurecendo, decidi voltar para a cidade. Ainda sim, tive que esperar algum tempo até as 7 horas, quando pude sair voltar para St. Gallen. No trem, adormeci por algum tempo e, quando acordei, ouvi algumas vozes falando em português. Pensei que podia estar sonhando, mas era verdade. Até ia começar a falar com as mulheres que conversavam, mas elas estavam falando mal do suposto namorado de uma das duas e não me senti bem em interferir e deixá-las constrangidas. É realmente necessário tomar cuidado com o que se fala, mesmo em outra língua, pois nunca se sabe o que as pessoas que estão escutando estão entendendo.
Ontem, não tive aulas ainda, pois a matéria que escolhi para fazer na segunda feira só começa em duas semanas. Assim, só caminhei pela cidade e como, já disse, comi a OLMA Bratwurst. Outra coisa que aprendi aqui, é ir ao supermercado quando ele está fechando pois, assim, dá para se comprar os produtos perecíveis, como bolos e pães a preços realmente baratos. Além disso, lavei roupas, pois estava precisando. As secadoras ainda não estão colaborando totalmente comigo, pois a roupa não está saindo totalmente seca, mas um pouco úmidas. Assim, meu banheiro virou, aqui também, um grande varal (o bom é que tenho bastantes cabides aqui, o que deixa mais fácil pendurar as camisetas). As fichas da máquina são, pelo menos, mais baratas que em Berlim.
Hoje estava nevando bem forte de manhã, o suficiente para deixar uma pessoa totalmente branca em uma quadra de caminhada. Assim, tive que pegar o ônibus para ir para a universidade. Nele, encontrei meu amigo Bruno que estava indo para a aula de alemão dele na universidade, mas acabou mudando de idéia quando eu falei para qual curso estava indo. Trata-se de uma matéria chamada “The political visions of great economists”, que me despertou muita curiosidade em saber como seriam as aulas, já que, no Brasil, estudo tanto economia quanto política (essa matéria, porém, é do nível “Master” e eu sou do “Bachelor”, mas o professor disse que posso freqüentar as aulas e até ganhar os créditos por essa matéria). A aula não me decepcionou e parece que vai ser bastante interessante. A cada aula o professor (que havia dado uma palestra no introduction course) vai abordar um economista famoso, como Adam Smith e Karl Marx e discutir vários aspectos de seus trabalhos. Depois da aula, fui buscar os textos referentes a essa matéria no lugar onde se pegam os textos aqui. É muito organizado, com todos os textos do semestre estando separados em uma pasta e vendidos como um todo (não como na USP, onde há uma pasta com os textos, toda bagunçada, onde os alunos têm que pedir para que se tire Xerox de cada um dos textos). Depois fui até o correio, onde me disseram que é o melhor lugar par comprar celular e acabei comprando um celular suíço (na verdade, tudo se faz no correio, inclusive pagar o aluguel, fato que já realizei ontem). Agora à noite, teve um coquetel na universidade para que os alunos estrangeiros encontrassem seus buddies, porém não encontrei a minha buddy e logo voltei para casa.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Atualização de fotos (com desafios)!!
Uma grande atualização de fotos, já que faz quase um mês que não coloco nenhuma:
Primeiro uma foto da Carol e uma minha durante a estada dela em Berlim, enquanto esperávamos pelo trem.


Agora, algumas das curtas viagens que fiz na Alemanha (como é um pouco difícil organizar as fotos no blog, vou colocar fora de ordem mesmo)

Essa é a ópera de Dresden

O túmulo de Bach, que fica na igreja duas fotos abaixo

A ópera de Leipzig

A estátua de Bach na Thomaskirche, onde ele cantou e trabalhou boa parte da vida, em Leipzig

E eu no Palácio Sansoucci, que fica em Potsdam e foi por bastante tempo a residência de verão dos imperadores da Prússia

Uma foto que eu gostei muito, onde aparece no primeiro plano a catedral de Dresden e no fundo a ópera, além de um belo céu.

O rio Elba, em Dresden

O mote "O trabalho trás liberdade" escrito na entrada do Campo de Concentração de Sachsenhausen, que fica na cidade de Oranienburg (é o mesmo que está escrito em Auchwitz)
Agora, o tema é "baladas em Berlim":

Lang Lang junto da Filarmônica

Seiji Ozawa recebendo aplausos mesmo depois que a orquestra já havia deixado o palco

O Konzerthaus, uma outra sala de concertos de Berlim

O bar de jazz, onde fui duas vezes (a segunda com o Hélio e seus amigos)

O estádio olímpico, durante o jogo em que o Hertha Berlin ganhou por 2 x 1 do Frankfurt

Eu e a Adriana na frente do nosso bar favorito de Berlim

Eu a Carol numa "galeria" bem estranha que fomos parar bem tarde da noite

Uma parte dos brasileiros do curso de Berlim
Agora mudando de cenário, algumas das primeiras fotos em St. Gallen

Como as árvores ficam o tempo todo aqui, mesmo com o sol aparecendo ao fundo (é que não para de nevar)

Uma vista da cidade do começo do morro que tenho que subir (nem metade ainda...)

A bela catedral de St. Gallen, no belo dia que fez hoje (a tarde, pois de manhã nevou muito)

A parte lateral da catedral, com uma parte da famosa biblioteca ao fundo

Minha cama, no meu apartamento novo

A vista da sacada do apartamento (por isso o aluguel é tão caro!)
Agora, comidas em Berlim!! (todo mundo achava engraçado eu tirando fotos das comidas do Mensa)

As ostras que eu comi nas Galerias Lafayette

Um prato oriental do Mensa

Os famosos Döner Kebab que comi, só um, em Potsdam (mais conhecidos na praça da Sé como churrasco grego)

O sushi de um restaurante na Friedrichstrasse

O modesto lanche da tarde que fiz com a Adriana no meu apartamento

Um almoço do Mensa

O doce da região de Leipzig que comi no café onde Robert Schumann tomava café

Bruschetas de um restaurante italiano
Agora, o momento esperado das fotos em que todos podem participar adivinhando o preço (com direito a algum prêmio a ser definido)

Número 1: Compra de supermercado (muitos chocolates, chás, comidas...)

Número 2: Almoço no Mensa (Espinafre, batata, kassler, chá e sobremesa)
Primeiro uma foto da Carol e uma minha durante a estada dela em Berlim, enquanto esperávamos pelo trem.


Agora, algumas das curtas viagens que fiz na Alemanha (como é um pouco difícil organizar as fotos no blog, vou colocar fora de ordem mesmo)

Essa é a ópera de Dresden

O túmulo de Bach, que fica na igreja duas fotos abaixo

A ópera de Leipzig

A estátua de Bach na Thomaskirche, onde ele cantou e trabalhou boa parte da vida, em Leipzig

E eu no Palácio Sansoucci, que fica em Potsdam e foi por bastante tempo a residência de verão dos imperadores da Prússia

Uma foto que eu gostei muito, onde aparece no primeiro plano a catedral de Dresden e no fundo a ópera, além de um belo céu.

O rio Elba, em Dresden

O mote "O trabalho trás liberdade" escrito na entrada do Campo de Concentração de Sachsenhausen, que fica na cidade de Oranienburg (é o mesmo que está escrito em Auchwitz)
Agora, o tema é "baladas em Berlim":

Lang Lang junto da Filarmônica

Seiji Ozawa recebendo aplausos mesmo depois que a orquestra já havia deixado o palco

O Konzerthaus, uma outra sala de concertos de Berlim

O bar de jazz, onde fui duas vezes (a segunda com o Hélio e seus amigos)

O estádio olímpico, durante o jogo em que o Hertha Berlin ganhou por 2 x 1 do Frankfurt

Eu e a Adriana na frente do nosso bar favorito de Berlim

Eu a Carol numa "galeria" bem estranha que fomos parar bem tarde da noite

Uma parte dos brasileiros do curso de Berlim
Agora mudando de cenário, algumas das primeiras fotos em St. Gallen

Como as árvores ficam o tempo todo aqui, mesmo com o sol aparecendo ao fundo (é que não para de nevar)

Uma vista da cidade do começo do morro que tenho que subir (nem metade ainda...)

A bela catedral de St. Gallen, no belo dia que fez hoje (a tarde, pois de manhã nevou muito)

A parte lateral da catedral, com uma parte da famosa biblioteca ao fundo

Minha cama, no meu apartamento novo

A vista da sacada do apartamento (por isso o aluguel é tão caro!)
Agora, comidas em Berlim!! (todo mundo achava engraçado eu tirando fotos das comidas do Mensa)

As ostras que eu comi nas Galerias Lafayette

Um prato oriental do Mensa

Os famosos Döner Kebab que comi, só um, em Potsdam (mais conhecidos na praça da Sé como churrasco grego)

O sushi de um restaurante na Friedrichstrasse

O modesto lanche da tarde que fiz com a Adriana no meu apartamento

Um almoço do Mensa

O doce da região de Leipzig que comi no café onde Robert Schumann tomava café

Bruschetas de um restaurante italiano
Agora, o momento esperado das fotos em que todos podem participar adivinhando o preço (com direito a algum prêmio a ser definido)

Número 1: Compra de supermercado (muitos chocolates, chás, comidas...)

Número 2: Almoço no Mensa (Espinafre, batata, kassler, chá e sobremesa)
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
St. Gallen 1
Como já haviam me pedido, vou, a partir de agora, escrever não mais por dias, mas por eventos, a fim de que sempre se tenha algo novo no blog, mesmo que eu não haja feito nada no dia.
Bom, St. Gallen é uma cidade relativamente pequena, com 70 mil habitantes. Porém, eu estive pensando, que não é possível comparar uma cidade brasileira de 70 mil habitantes (como Lins) com uma cidade suíça. A diferença está não na quantidade, mas na qualidade da população. Na Suíça, são 70 mil pessoas que desfrutam de todos os serviços oferecidos pela cidade, sendo estatais ou privados. No Brasil, apenas uma pequena parcela desses 70 mil habitantes (sei lá, talvez, um terço) tem acesso a todos os serviços. Essa diferença pode ser bem observada, por exemplo, na qualidade da vida cultural aqui. Depois de Berlim, eu achava que qualquer cidade pareceria pequena, porém, St. Gallen tem, por exemplo, algo em torno de 15 salas de cinema, um teatro de ópera e um teatro de concertos, elem de estar muito próxima de diversas outras cidades, com recursos semelhantes.
Quanto às características físicas da cidade, ela encontra-se num vale, com dois morros cercando-a. Eu moro ao lado da estação de trem, que fica perto de um dos morros, onde no meio dele, está a universidade. Ela está relativamente perto do apartamento (em 15 minutos chego lá), porém, o problema é o caminho até lá. Eu contei exatamente, mas não lembro bem o número de degraus, mas são aproximadamente 170, que tenho que subir diariamente, além de mais alguma parte inclinada, ainda. Cansa, mas é um bom exercício para se acordar de manhã.
Do outro lado da linha de trem, fica o centro comercial e histórico. A parte histórica é bem bonita e preservada, apesar de bastante velha. Isso se deve ao fato da cidade ser muito turística e, assim, estar em constante transformação para sua preservação (existem muitas reformas acontecendo na cidade, sendo uma delas, talvez a maior, na universidade, que está se expandindo razoavelmente). Encontrei algumas livrarias por aqui bastante boas, além de bastantes restaurantes que são, infelizmente, caros. Existem poucos supermercados, sendo que o maior fica bem próximo do meu apartamento (não é tão barato como em Berlim, mas não absurdamente caro).
Quanto a parte “política”, a cidade é bastante organizada, com todos os moradores tendo que se registrar na prefeitura logo que chegam aqui. Isso é um pouco estranho para os brasileiros, que imaginariam filas imensas e desorganização, mas não é o que acontece. Eu tive que voltar três vezes lá pois não havia conseguido tirar a foto que eles exigem para o cadastro e sempre estava vazio. Além disso, eles exigem que todos tenham seguro de saúde que comprovem a cobertura na Suíça, pois caso contrário uma taxa seria cobrada (o Gui está me ajudando em conseguir o papel que comprove isso, pois não sabia que a companhia de seguro tinha que preencher um papel específico). Depois de me registrar na cidade, tive que ir até a faculdade para me registrar como aluno e assinar o contrato do apartamento. Já peguei minha carteirinha, além de todos os boletos de pagamento do aluguel.
Quanto as pessoas da universidade, que são as que tenho contato, sei que são de todas as partes do mundo (apesar de nenhum namibiano!). São em torno de 200 exchange students, porém de todos os níveis (Bachelor e Máster). Há bastantes americanos aqui, além de muitos europeus. Brasileiros, somos 8, todos do Ibmec ou da GV. As pessoas, porém, são bastante diferentes das de Berlim, sendo que aqui parecem ser de um nível mais alto (todas com seus celulares de última geração, seu apartamento todo bem equipado e viajando para longe todos os fins de semana).
Minha rotina nessa primeira semana, tem sido acordar cedo, subir o morro, ir para a aula de alemão, almoçar no Mensa , assistir alguma apresentação que esteja acontecendo na faculdade ou dar uma volta pela cidade e à noite sair para algum lugar, não voltando muito tarde. As aulas de alemão têm sido boas, embora um pouco puxadas (o que na verdade não é ruim). A professora é bastante boa e por isso, talvez continue tendo aulas com ela durante o semestre. O Mensa não é tão bom, nem tão barato quanto o de Berlim, porém dá para se comer relativamente barato lá (o bom é que aqui, todo mundo toma água da torneira e no Mensa eles até disponibilizam uma jarra para usar, não sendo necessário, assim, pagar pela bebida). Meus passeios pela cidade se resumem a conhece-lá para que eu não me perca, já que todos os outros que estão aqui chegaram há bastante tempo e já conhecem bem a cidade. À noite, tenho feito os programas de integração com a faculdade, apesar de não gostar muito disso. No primeiro dia foi a Fondue Night, onde conheci várias pessoas e comi um Fondue de queijo que não tinha nada de mais... No segundo foi um pouco mais divertido que saí para jogar bola e conheci um ginásio, que eu acho que é municipal que tem uma estrutura melhor que qualquer ginásio de qualquer clube privado do Brasil. O futebol que eles jogam aqui é um pouco estranho, pois o campo não tem um limite lateral, com a bola batendo na parede e voltando para o campo, o que faz com que o jogo seja mais corrido e menos técnico. Ontem, fui a um bar (chique) onde a faculdade pagou algumas bebidas para os guest students. O que eu gostei é que consigo falar e entender diálogo simples em alemão nessas festas. Não fiquei muito tempo em nenhum dos dias pois estava bastante cansado, talvez da viagem ainda e com certeza das subidas no morro. Tanto que hoje, não fui à aula de alemão, pois não consegui acordar.
Sobre a universidade, da qual esqueci de falar, ela é como a de Berlim e a USP, com várias casas formando-a, porém numa escala muito mais reduzida (são somente 6000 alunos, contando graduação e pós-graduação). A biblioteca é muito boa, com muitos livros que são, na grande maioria, das minhas áreas de estudo (Economia e Ciências Sociais).
Se eu lembrar de mais coisas depois eu coloco.
Bom, St. Gallen é uma cidade relativamente pequena, com 70 mil habitantes. Porém, eu estive pensando, que não é possível comparar uma cidade brasileira de 70 mil habitantes (como Lins) com uma cidade suíça. A diferença está não na quantidade, mas na qualidade da população. Na Suíça, são 70 mil pessoas que desfrutam de todos os serviços oferecidos pela cidade, sendo estatais ou privados. No Brasil, apenas uma pequena parcela desses 70 mil habitantes (sei lá, talvez, um terço) tem acesso a todos os serviços. Essa diferença pode ser bem observada, por exemplo, na qualidade da vida cultural aqui. Depois de Berlim, eu achava que qualquer cidade pareceria pequena, porém, St. Gallen tem, por exemplo, algo em torno de 15 salas de cinema, um teatro de ópera e um teatro de concertos, elem de estar muito próxima de diversas outras cidades, com recursos semelhantes.
Quanto às características físicas da cidade, ela encontra-se num vale, com dois morros cercando-a. Eu moro ao lado da estação de trem, que fica perto de um dos morros, onde no meio dele, está a universidade. Ela está relativamente perto do apartamento (em 15 minutos chego lá), porém, o problema é o caminho até lá. Eu contei exatamente, mas não lembro bem o número de degraus, mas são aproximadamente 170, que tenho que subir diariamente, além de mais alguma parte inclinada, ainda. Cansa, mas é um bom exercício para se acordar de manhã.
Do outro lado da linha de trem, fica o centro comercial e histórico. A parte histórica é bem bonita e preservada, apesar de bastante velha. Isso se deve ao fato da cidade ser muito turística e, assim, estar em constante transformação para sua preservação (existem muitas reformas acontecendo na cidade, sendo uma delas, talvez a maior, na universidade, que está se expandindo razoavelmente). Encontrei algumas livrarias por aqui bastante boas, além de bastantes restaurantes que são, infelizmente, caros. Existem poucos supermercados, sendo que o maior fica bem próximo do meu apartamento (não é tão barato como em Berlim, mas não absurdamente caro).
Quanto a parte “política”, a cidade é bastante organizada, com todos os moradores tendo que se registrar na prefeitura logo que chegam aqui. Isso é um pouco estranho para os brasileiros, que imaginariam filas imensas e desorganização, mas não é o que acontece. Eu tive que voltar três vezes lá pois não havia conseguido tirar a foto que eles exigem para o cadastro e sempre estava vazio. Além disso, eles exigem que todos tenham seguro de saúde que comprovem a cobertura na Suíça, pois caso contrário uma taxa seria cobrada (o Gui está me ajudando em conseguir o papel que comprove isso, pois não sabia que a companhia de seguro tinha que preencher um papel específico). Depois de me registrar na cidade, tive que ir até a faculdade para me registrar como aluno e assinar o contrato do apartamento. Já peguei minha carteirinha, além de todos os boletos de pagamento do aluguel.
Quanto as pessoas da universidade, que são as que tenho contato, sei que são de todas as partes do mundo (apesar de nenhum namibiano!). São em torno de 200 exchange students, porém de todos os níveis (Bachelor e Máster). Há bastantes americanos aqui, além de muitos europeus. Brasileiros, somos 8, todos do Ibmec ou da GV. As pessoas, porém, são bastante diferentes das de Berlim, sendo que aqui parecem ser de um nível mais alto (todas com seus celulares de última geração, seu apartamento todo bem equipado e viajando para longe todos os fins de semana).
Minha rotina nessa primeira semana, tem sido acordar cedo, subir o morro, ir para a aula de alemão, almoçar no Mensa , assistir alguma apresentação que esteja acontecendo na faculdade ou dar uma volta pela cidade e à noite sair para algum lugar, não voltando muito tarde. As aulas de alemão têm sido boas, embora um pouco puxadas (o que na verdade não é ruim). A professora é bastante boa e por isso, talvez continue tendo aulas com ela durante o semestre. O Mensa não é tão bom, nem tão barato quanto o de Berlim, porém dá para se comer relativamente barato lá (o bom é que aqui, todo mundo toma água da torneira e no Mensa eles até disponibilizam uma jarra para usar, não sendo necessário, assim, pagar pela bebida). Meus passeios pela cidade se resumem a conhece-lá para que eu não me perca, já que todos os outros que estão aqui chegaram há bastante tempo e já conhecem bem a cidade. À noite, tenho feito os programas de integração com a faculdade, apesar de não gostar muito disso. No primeiro dia foi a Fondue Night, onde conheci várias pessoas e comi um Fondue de queijo que não tinha nada de mais... No segundo foi um pouco mais divertido que saí para jogar bola e conheci um ginásio, que eu acho que é municipal que tem uma estrutura melhor que qualquer ginásio de qualquer clube privado do Brasil. O futebol que eles jogam aqui é um pouco estranho, pois o campo não tem um limite lateral, com a bola batendo na parede e voltando para o campo, o que faz com que o jogo seja mais corrido e menos técnico. Ontem, fui a um bar (chique) onde a faculdade pagou algumas bebidas para os guest students. O que eu gostei é que consigo falar e entender diálogo simples em alemão nessas festas. Não fiquei muito tempo em nenhum dos dias pois estava bastante cansado, talvez da viagem ainda e com certeza das subidas no morro. Tanto que hoje, não fui à aula de alemão, pois não consegui acordar.
Sobre a universidade, da qual esqueci de falar, ela é como a de Berlim e a USP, com várias casas formando-a, porém numa escala muito mais reduzida (são somente 6000 alunos, contando graduação e pós-graduação). A biblioteca é muito boa, com muitos livros que são, na grande maioria, das minhas áreas de estudo (Economia e Ciências Sociais).
Se eu lembrar de mais coisas depois eu coloco.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Dias 28, 29 e 30, últimos em Berlim
Bom, já cheguei na Suíça, mas tenho que relatar como foram os últimos dias em Berlim. Sobre a Suíça, o pouco que conheci foi a viagem de trem entre Zurique e St. Gallen e uma pequena caminhada noturna, sob uma grande neve, aqui em St. Gallen, ou seja, não muita coisa (sei que as coisas são um pouco mais caras aqui...).
06 de fevereiro
Sexta-feira de manhã tive que me encontrar com o Hausmeister (zelador) do meu apartamento para que ele fizesse a vistoria do mesmo para que eu pudesse ir embora no dia seguinte. Como meu apartamento estava inteiro (e eu tinha dado uma arrumação no dia anterior), deu tudo certo. Logo, fui para a universidade, onde seria a minha prova do curso de filmes. A prova não foi difícil, porém um pouco longa, onde tive que escrever bastante. Acabei por volta de meio-dia e teria que esperar pela cerimônia de encerramento que começaria às duas e seria seguida de um almoço. Porém, estava com muita fome e, assim, precisava comer algo. Acabei indo no Mensa peã última vez e comido salsicha com batata frita, pois se trata de um prato bastante barato.Terminado esse almoço, fui para perto do auditório onde seria a cerimônia e fiquei conversando com o pessoal do curso que ali também esperavam. A cerimônia foi um pouco chata, com a apresentação do trabalho de alguns alunos, que não foram muito boas. Ao final, teve o almoço (umas três da tarde, com as pessoas morrendo de fome) e todos se despediram da maioria de todos (trocando e-mail, por exemplo). Combinei com alguns amigos de sair mais tarde e foi o que fizemos logo depois disso. Primeiro, fui com a Adriana, minha vizinha até a Wittenberg Platz, onde tínhamos visto uma loja com malas em promoção. Ali, comprei uma mala, estilo sacola, onde poderia por todas as minhas roupas sujas e bagunças (além disso, passei na Saturn, loja de eletrônicos, para comprar um pen-drive, para armazenar todas as fotos até agora tiradas). Depois, fui para a região da Oranienburgstrasse, onde parei num barzinho que já tinha ido outras vezes e que é bastante agradável. Ali, chegaram mais vários outros amigos e ficamos conversando e depois fomos para outro lugar, onde havia comida também, pois alguns estavam com muita fome. Esse lugar, tinha pizzas bastante baratas e acabei comendo uma. Depois, fomos para outro bar que estava lotado mais cedo, onde são servidas mais de cem variedades de cerveja. Ali ficamos conversando por um bom tempo, enquanto alguns chegavam e saiam. Entre os que chegaram, estava o Hélio e seus dois amigos que tinham saído de um jantar e que queriam nos encontrar, eu e meus amigos. No final, ficamos conversando nesses diversos lugares até as 4 da manhã, o que foi uma bela despedida da noite de Berlim. Por volta das 5 cheguei em casa, junto com o Natan e a Adriana, que estava um pouco bêbada. O Natan acabou dormindo no chão do meu apartamento, pois o ônibus que ia para o dormitório dele demorava muito para passar de madrugada.
07 de fevereiro
O último dia em Berlim começou relativamente cedo à noite anterior (por volta das 8 e meia já tinha acordado). Comecei a arrumar e selecionar as coisas e depois limpar o apartamento essa hora e só acabei por volta das 11. Deu bastante trabalho por tudo nas malas, mas carregá-las, nem se fala. Tanto que preferi pegar um taxi ao invés de ter que fazer duas baldeações nos trens com todo o peso (no final valeu a pena o preço não muito alto, pois a Adriana dividiu a tarifa comigo, indo até o apartamento do Hélio, que seria um lugar mais fácil para ela ir ao aeroporto). Chegamos por volta do meio-dia e ele ainda estava se recuperando da noite anterior. Fomos então, junto dos amigos dele, Júlio e Carlos, até a KaDeWe, onde almoçamos no andar de comidas e demos uma volta nos outros andares. Depois, tomamos um café na Saturn e também passeamos ali. Em seguida, voltamos para o apartamento (que fica a três quadras da avenida onde ficam todos esses lugares), onde assistimos um pouco de televisão e descansamos. A seguir, fui até um café que fica ali na frente e tomei suco de maçã e usei a internet. Logo, a Adriana pegou o taxi rumo ao aeroporto e eu a ajudei com as malas, voltando depois para o café junto com o Hélio. Ali fiquei, de novo, algum tempo na internet, mas logo saí para dar um último passeio por aquela região, já que logo iria para a Filarmônica. Acabei entrando numa livraria e ficando todo o meu tempo disponível lá (comprei um livro de gramática alemã, e dois livros em alemão com a versão na língua original ao lado: Alberto Caeiro, do Fernando Pessoa e um conto do Edger Allan Poe. Depois comi meu último Currywurst da minha barraquinha preferida.
Voltando ao apartamento, logo saímos em direção à Filarmônica onde assistiríamos ao concerto da Filarmônica de Berlim, regida pelo Simon Rattle, apresentado um oratório de Schumann, pouco conhecido, chamado Das Paradies und die Peri. Sentamos atrás da orquestra e do coro, onde foi possível ver bem a ótima regência do maestro, que é um dos mais conceituados no mundo. O interessante, também, é que as letras são projetadas no fundo da sala tronando possível para aqueles que se sentam atrás da orquestra acompanhar o andar do enredo (não que tenha dado para entender muita coisa). Acho que todos gostaram bastante do concerto pois muito me agradeceram por terem os levado lá (eles acabaram indicando esse programa para uma amiga deles que também acabou indo com o filho). De lá, saímos para comer algo e acabei levando-os até o Sony Center na Potsdamer Platz (despedida dela também). Elas, apesar de já terem ido para Berlim 4 vezes, nunca tinham ido ali e ficaram impressionados com a beleza do local. Comemo num restaurante australiano, onde comi um hambúrguer muito bom (estava com saudade de comer carne de boi). No final, voltamos tarde e logo que cheguei dormi.
08 de fevereiro
Acordei bem cedo para ir ao aeroporto e logo o fiz. Quando cheguei, o check-in para o meu vôo ainda não estava aberto, mas antes tinha ido para o posto do tax free para trocar meus cheques (consegui receber 11 euros de volta). Voltando, logo fiz o meu check-in e depois foi para o café para tomar um suco de maçã e usar a internet.
O vôo foi bem tranqüilo e o avião da Swiss Air é muito bom (melhor do que o da Lufthansa), pois os bancos são mais confortáveis e espaçosos. De comida foi servido um croissant de chocolate e um chocolate (bem suíços, não?). No desembarque em Zurique, logo peguei todas minhas malas e coloquei num carrinho que me salvou. Depois de andar por vários elevadores, cheguei até a estação de trem onde comprei minha passagem de trem até St. Gallen. Quando o trem chegou consegui embarcar todas as malas, porém uma delas teve que ficar no corredor um pouco longe de mim (ficava o tempo todo olhando preocupado para ela). A viagem de trem durou aproximadamente 50 minutos e fiquei admirando a paisagem branca das pequenas cidades suíças (para se ter uma idéia, St. Gallen, com 70 mil habitantes é considerada uma metrópole na região!).
A aventura das malas hoje começou quando, no trem, não consegui abrir minha mala de mão e, conseqüentemente, não consegui pegar meu casaco. Resultado: muita neve caindo e eu só com uma blusa (na verdade eu estava protegido por 50 quilos de malas). Tinha esquecido de detalhar minha bagagem. Uma mala grande de 29 quilos, uma sacola de roupas de 10 quilos, minha mochila do computador, bem cheia, minha bolsa que eu comprei da Berlinale, abarrotada de livros e a mala de mão que não queria abrir. Bom, saindo do trem, subi uma rampa até o hall da estação, pois sabia que tinha que ir até um hotel que fica na frente, para pegar as chaves do apartamento. Nunca foi tão difícil atravessar uma rua! Além de todo o peso, tinha muita neve no chão, dificultando mais ainda. Consegui pegar a chave e pedi as indicações para o apartamento, que não foram muito animadoras. Tinha que voltar pela estação e descer e subir uma rampa para atravessá-la, porém, a rampa do outro lado esta totalmente coberta de neve, tendo eu, assim, que abrir um caminho por entre uma camada de um palmo de neve. A cada 20 metros andados, tinha que parar para descansar, mas logo cheguei, porque moro bem perto da estação. O prédio de apartamentos de estudantes fica junto com o de um restaurante chinês e, graças a Deus, possui um elevador para que eu pudesse levar minhas malas até o terceiro andar. O apartamento é menor que o de Berlin e mais velho, porém mais bem localizado e também simpático. Cheguei bem cansado e logo liguei o computador para usar a internet e falei algum tempo com a Carol antes de tirar um cochilo. Não foi fácil levantar, mas o fiz para que pudesse dar uma volta pela cidade hoje, ainda. Estava nevando bastante, mas não muito frio (talvez já esteja um pouco acostumado) e dei um passeio no centro da cidade, parando para comer um Döner Kebab, numa das únicas coisas abertas da cidade. Foi engraçado que não conseguia entender o que o homem do restaurante falava por causa do sotaque suíço (estou acostumado com o sotaque berlinense) porém, logo ele falou mais devagar e conseguimos trocar algumas frases. Logo, de barriga cheia, voltei para o apartamento e liguei para o meu amigo que está aqui e combinamos de irmos junto para a faculdade depois. Além disso, fiquei no computador algum tempo escrevendo e olhando a internet.
06 de fevereiro
Sexta-feira de manhã tive que me encontrar com o Hausmeister (zelador) do meu apartamento para que ele fizesse a vistoria do mesmo para que eu pudesse ir embora no dia seguinte. Como meu apartamento estava inteiro (e eu tinha dado uma arrumação no dia anterior), deu tudo certo. Logo, fui para a universidade, onde seria a minha prova do curso de filmes. A prova não foi difícil, porém um pouco longa, onde tive que escrever bastante. Acabei por volta de meio-dia e teria que esperar pela cerimônia de encerramento que começaria às duas e seria seguida de um almoço. Porém, estava com muita fome e, assim, precisava comer algo. Acabei indo no Mensa peã última vez e comido salsicha com batata frita, pois se trata de um prato bastante barato.Terminado esse almoço, fui para perto do auditório onde seria a cerimônia e fiquei conversando com o pessoal do curso que ali também esperavam. A cerimônia foi um pouco chata, com a apresentação do trabalho de alguns alunos, que não foram muito boas. Ao final, teve o almoço (umas três da tarde, com as pessoas morrendo de fome) e todos se despediram da maioria de todos (trocando e-mail, por exemplo). Combinei com alguns amigos de sair mais tarde e foi o que fizemos logo depois disso. Primeiro, fui com a Adriana, minha vizinha até a Wittenberg Platz, onde tínhamos visto uma loja com malas em promoção. Ali, comprei uma mala, estilo sacola, onde poderia por todas as minhas roupas sujas e bagunças (além disso, passei na Saturn, loja de eletrônicos, para comprar um pen-drive, para armazenar todas as fotos até agora tiradas). Depois, fui para a região da Oranienburgstrasse, onde parei num barzinho que já tinha ido outras vezes e que é bastante agradável. Ali, chegaram mais vários outros amigos e ficamos conversando e depois fomos para outro lugar, onde havia comida também, pois alguns estavam com muita fome. Esse lugar, tinha pizzas bastante baratas e acabei comendo uma. Depois, fomos para outro bar que estava lotado mais cedo, onde são servidas mais de cem variedades de cerveja. Ali ficamos conversando por um bom tempo, enquanto alguns chegavam e saiam. Entre os que chegaram, estava o Hélio e seus dois amigos que tinham saído de um jantar e que queriam nos encontrar, eu e meus amigos. No final, ficamos conversando nesses diversos lugares até as 4 da manhã, o que foi uma bela despedida da noite de Berlim. Por volta das 5 cheguei em casa, junto com o Natan e a Adriana, que estava um pouco bêbada. O Natan acabou dormindo no chão do meu apartamento, pois o ônibus que ia para o dormitório dele demorava muito para passar de madrugada.
07 de fevereiro
O último dia em Berlim começou relativamente cedo à noite anterior (por volta das 8 e meia já tinha acordado). Comecei a arrumar e selecionar as coisas e depois limpar o apartamento essa hora e só acabei por volta das 11. Deu bastante trabalho por tudo nas malas, mas carregá-las, nem se fala. Tanto que preferi pegar um taxi ao invés de ter que fazer duas baldeações nos trens com todo o peso (no final valeu a pena o preço não muito alto, pois a Adriana dividiu a tarifa comigo, indo até o apartamento do Hélio, que seria um lugar mais fácil para ela ir ao aeroporto). Chegamos por volta do meio-dia e ele ainda estava se recuperando da noite anterior. Fomos então, junto dos amigos dele, Júlio e Carlos, até a KaDeWe, onde almoçamos no andar de comidas e demos uma volta nos outros andares. Depois, tomamos um café na Saturn e também passeamos ali. Em seguida, voltamos para o apartamento (que fica a três quadras da avenida onde ficam todos esses lugares), onde assistimos um pouco de televisão e descansamos. A seguir, fui até um café que fica ali na frente e tomei suco de maçã e usei a internet. Logo, a Adriana pegou o taxi rumo ao aeroporto e eu a ajudei com as malas, voltando depois para o café junto com o Hélio. Ali fiquei, de novo, algum tempo na internet, mas logo saí para dar um último passeio por aquela região, já que logo iria para a Filarmônica. Acabei entrando numa livraria e ficando todo o meu tempo disponível lá (comprei um livro de gramática alemã, e dois livros em alemão com a versão na língua original ao lado: Alberto Caeiro, do Fernando Pessoa e um conto do Edger Allan Poe. Depois comi meu último Currywurst da minha barraquinha preferida.
Voltando ao apartamento, logo saímos em direção à Filarmônica onde assistiríamos ao concerto da Filarmônica de Berlim, regida pelo Simon Rattle, apresentado um oratório de Schumann, pouco conhecido, chamado Das Paradies und die Peri. Sentamos atrás da orquestra e do coro, onde foi possível ver bem a ótima regência do maestro, que é um dos mais conceituados no mundo. O interessante, também, é que as letras são projetadas no fundo da sala tronando possível para aqueles que se sentam atrás da orquestra acompanhar o andar do enredo (não que tenha dado para entender muita coisa). Acho que todos gostaram bastante do concerto pois muito me agradeceram por terem os levado lá (eles acabaram indicando esse programa para uma amiga deles que também acabou indo com o filho). De lá, saímos para comer algo e acabei levando-os até o Sony Center na Potsdamer Platz (despedida dela também). Elas, apesar de já terem ido para Berlim 4 vezes, nunca tinham ido ali e ficaram impressionados com a beleza do local. Comemo num restaurante australiano, onde comi um hambúrguer muito bom (estava com saudade de comer carne de boi). No final, voltamos tarde e logo que cheguei dormi.
08 de fevereiro
Acordei bem cedo para ir ao aeroporto e logo o fiz. Quando cheguei, o check-in para o meu vôo ainda não estava aberto, mas antes tinha ido para o posto do tax free para trocar meus cheques (consegui receber 11 euros de volta). Voltando, logo fiz o meu check-in e depois foi para o café para tomar um suco de maçã e usar a internet.
O vôo foi bem tranqüilo e o avião da Swiss Air é muito bom (melhor do que o da Lufthansa), pois os bancos são mais confortáveis e espaçosos. De comida foi servido um croissant de chocolate e um chocolate (bem suíços, não?). No desembarque em Zurique, logo peguei todas minhas malas e coloquei num carrinho que me salvou. Depois de andar por vários elevadores, cheguei até a estação de trem onde comprei minha passagem de trem até St. Gallen. Quando o trem chegou consegui embarcar todas as malas, porém uma delas teve que ficar no corredor um pouco longe de mim (ficava o tempo todo olhando preocupado para ela). A viagem de trem durou aproximadamente 50 minutos e fiquei admirando a paisagem branca das pequenas cidades suíças (para se ter uma idéia, St. Gallen, com 70 mil habitantes é considerada uma metrópole na região!).
A aventura das malas hoje começou quando, no trem, não consegui abrir minha mala de mão e, conseqüentemente, não consegui pegar meu casaco. Resultado: muita neve caindo e eu só com uma blusa (na verdade eu estava protegido por 50 quilos de malas). Tinha esquecido de detalhar minha bagagem. Uma mala grande de 29 quilos, uma sacola de roupas de 10 quilos, minha mochila do computador, bem cheia, minha bolsa que eu comprei da Berlinale, abarrotada de livros e a mala de mão que não queria abrir. Bom, saindo do trem, subi uma rampa até o hall da estação, pois sabia que tinha que ir até um hotel que fica na frente, para pegar as chaves do apartamento. Nunca foi tão difícil atravessar uma rua! Além de todo o peso, tinha muita neve no chão, dificultando mais ainda. Consegui pegar a chave e pedi as indicações para o apartamento, que não foram muito animadoras. Tinha que voltar pela estação e descer e subir uma rampa para atravessá-la, porém, a rampa do outro lado esta totalmente coberta de neve, tendo eu, assim, que abrir um caminho por entre uma camada de um palmo de neve. A cada 20 metros andados, tinha que parar para descansar, mas logo cheguei, porque moro bem perto da estação. O prédio de apartamentos de estudantes fica junto com o de um restaurante chinês e, graças a Deus, possui um elevador para que eu pudesse levar minhas malas até o terceiro andar. O apartamento é menor que o de Berlin e mais velho, porém mais bem localizado e também simpático. Cheguei bem cansado e logo liguei o computador para usar a internet e falei algum tempo com a Carol antes de tirar um cochilo. Não foi fácil levantar, mas o fiz para que pudesse dar uma volta pela cidade hoje, ainda. Estava nevando bastante, mas não muito frio (talvez já esteja um pouco acostumado) e dei um passeio no centro da cidade, parando para comer um Döner Kebab, numa das únicas coisas abertas da cidade. Foi engraçado que não conseguia entender o que o homem do restaurante falava por causa do sotaque suíço (estou acostumado com o sotaque berlinense) porém, logo ele falou mais devagar e conseguimos trocar algumas frases. Logo, de barriga cheia, voltei para o apartamento e liguei para o meu amigo que está aqui e combinamos de irmos junto para a faculdade depois. Além disso, fiquei no computador algum tempo escrevendo e olhando a internet.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Vigésimo sétimo dia
Estou na faculdade pela última vez que venho aqui (pelo menos, por enquanto). Como os dias estão se esgotando, tenho tentado aproveitar ao máximo os últimos dias, apesar de alguma quantidade de tarefas a serem realizadas. Bom, vou, agora, relatar o dia de ontem.
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05 de fevereiro
Era o dia da prova final de alemão, além da apresentação dos "projetos criativos". A prova não foi difícil e acho que fui bem. Depois de almoçar no Mensa (sozinho, pois havia terminado a prova antes dos outros), decidi passar para conhecer a biblioteca central da universidade. Ela fica num prédio inteiro para ela e possui um pouco de cada assunto, por isso, nada de muito aprofundado. Fiquei impressionado com a quantidade de revistas acadêmicas que eles possuem e assinam. Acho que o que eles recebem por mês aqui é mais do que o Ibmec tem guardado de todos os tempos.
Depois, foram as apresentações. Primeiro, a menina chinesa adaptou uma fábula dos irmãos Grimm para um teatrinho, que encenou, mas, não dava pra entender tudo, pois havia muitas palavras desconhecidas. Acho que uma habilidade importante numa apresentação é falar uma linguagem que os espectadores vão entender... Em seguida, um dos brasileiros contou algumas piadas brasileiras que ele traduziu para o alemão. Até que foi engraçado. Depois foi minha vez.
Durante um filme que assisti em Berlim, escutei uma música, na qual reconheci a melodia, mas não a letra. Após algum tempo, reconheci-a como sendo uma música brasileira, do Martinho da Vila, chamada "Canta, canta, minha gente" (a versão "alemã" se chama "Guten Morgen, Sonnenschein" e é de uma cantora grega). Então minha idéia para o projeto era traduzir a letra brasileira e fazer uma comparação entre ambas. Assim, a fiz, porém, acrescentei na apresentação, uma breve explicação, com exemplos do YouTube, sobre alguns dos ritmos brasileiros que aparecem na letra brasileira.
Depois, dois colegas, um brasileiro e um australiano, apresentaram uma espécie de teatrinho, onde discutiam e comparavam duas cidades: Hamburgo e Praga. (além de, no final, fazerem uma homenagem ao outro brasileiro e cantaram YMCA em alemão). A última apresentação foi do americano que cantou a versão alemã de uma música do musical "Sound of Music" (A noviça rebelde) chamada Edelweiss.
Saindo da aula, tinha que ir para casa para começar a arrumar as coisas para ir embora, porém, decidi aproveitar um pouco mais Berlim. Fui para a Friedrichstrasse e em seguida para a Unter den Linden onde andeis na feirinha da Humboldt em busca de algum livro interessante e barato, coisa que não encontrei. Depois, fui até a biblioteca estatal, onde, dessa vez, entrei e dei uma volta. Ela é bem grande e velha, por isso, nem conheci tudo de lá. Em seguida, caminhei na Friedrichstrasse, que era uma rua bem importante na época comunista. Ali, parei em vários lugares para ver tudo com calma. Entrei numa grande loja de departamentos francesa chamada Galerias Lafayette, onde logo, fui para a seção de comidas (essa loja consegue ser mais chique que a KaDeWe). Ali, estava tendo um festival de ostras, com um par de ostras e um pãozinho com manteiga por 1,50 euros. É claro que experimentei uma ostra européia (pelo que entendi era do mediterrâneo) e estava muito boa. Depois segui andando pela Friedrichstrasse, até o Checkpoint Charlie, que era a principal passagem entreo oeste e o leste na epóca da divisão. Ali, visitei o museu, que conta toda a história dessa divisão, além de algumas curiosidades, como os apetrechos e métodos usados para que as pessoas do regime comunista usavam para cruzar o muro. É bem interessante e valeu a visita apesar do preço salgado (9 euros para estudante).
Depois, continuei minha caminhada pela Leipzigstrasse em direção à Potsdamer Platz. Nesse destino, fui até a lojinha da Berlinale, onde comprei alguns souvenirs. Depois passei em frente ao cassino, onde sem querer, me deparei com o tapete vermelho do festival, onde parei um pouco para ver as pesoas que ali passavam (só reconheci o diretor Tom Wylker, mas não vi os a Naomi Watts, nem o Clive Owen). Depois fui até o Sony Center onde encontrei minha vizinha e tentamos ir para a Filarmônica, mas os ingressos baratos para aquele dia estavam esgotados (ainda assim, aproveitei para comprar ingressos para o sábado, quando vou com o Hélio e seu colegas).
Acabamos, sem ingresso, indo para a região da Oranienburgstrasse, onde paramos numa pizzaria, onde comemos uma ótima pizza (a minha com uma mussarela de búfala muito boa e melhor que do Brasil). Depois, fomos para um barzinho ali perto, onde já tinhamos ido quando a Carol estava aqui. ficamos algum tempo e depois voltamos para o apartamento.
Chegando, dei uma arrumada por cima, pois hoje de manhã foi a inspeção do Hausmeister (zelador). Tive que dobrar as roupas, que estavam penduradas nos aquecedores e cadeiras e lavar a louça acumulada. Depois, bem tarde (meia noite e meia), fui dormir.
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Ia por fotos agora, mas tenho que ir para a prova do curso de filmes. Depois faço isso.
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05 de fevereiro
Era o dia da prova final de alemão, além da apresentação dos "projetos criativos". A prova não foi difícil e acho que fui bem. Depois de almoçar no Mensa (sozinho, pois havia terminado a prova antes dos outros), decidi passar para conhecer a biblioteca central da universidade. Ela fica num prédio inteiro para ela e possui um pouco de cada assunto, por isso, nada de muito aprofundado. Fiquei impressionado com a quantidade de revistas acadêmicas que eles possuem e assinam. Acho que o que eles recebem por mês aqui é mais do que o Ibmec tem guardado de todos os tempos.
Depois, foram as apresentações. Primeiro, a menina chinesa adaptou uma fábula dos irmãos Grimm para um teatrinho, que encenou, mas, não dava pra entender tudo, pois havia muitas palavras desconhecidas. Acho que uma habilidade importante numa apresentação é falar uma linguagem que os espectadores vão entender... Em seguida, um dos brasileiros contou algumas piadas brasileiras que ele traduziu para o alemão. Até que foi engraçado. Depois foi minha vez.
Durante um filme que assisti em Berlim, escutei uma música, na qual reconheci a melodia, mas não a letra. Após algum tempo, reconheci-a como sendo uma música brasileira, do Martinho da Vila, chamada "Canta, canta, minha gente" (a versão "alemã" se chama "Guten Morgen, Sonnenschein" e é de uma cantora grega). Então minha idéia para o projeto era traduzir a letra brasileira e fazer uma comparação entre ambas. Assim, a fiz, porém, acrescentei na apresentação, uma breve explicação, com exemplos do YouTube, sobre alguns dos ritmos brasileiros que aparecem na letra brasileira.
Depois, dois colegas, um brasileiro e um australiano, apresentaram uma espécie de teatrinho, onde discutiam e comparavam duas cidades: Hamburgo e Praga. (além de, no final, fazerem uma homenagem ao outro brasileiro e cantaram YMCA em alemão). A última apresentação foi do americano que cantou a versão alemã de uma música do musical "Sound of Music" (A noviça rebelde) chamada Edelweiss.
Saindo da aula, tinha que ir para casa para começar a arrumar as coisas para ir embora, porém, decidi aproveitar um pouco mais Berlim. Fui para a Friedrichstrasse e em seguida para a Unter den Linden onde andeis na feirinha da Humboldt em busca de algum livro interessante e barato, coisa que não encontrei. Depois, fui até a biblioteca estatal, onde, dessa vez, entrei e dei uma volta. Ela é bem grande e velha, por isso, nem conheci tudo de lá. Em seguida, caminhei na Friedrichstrasse, que era uma rua bem importante na época comunista. Ali, parei em vários lugares para ver tudo com calma. Entrei numa grande loja de departamentos francesa chamada Galerias Lafayette, onde logo, fui para a seção de comidas (essa loja consegue ser mais chique que a KaDeWe). Ali, estava tendo um festival de ostras, com um par de ostras e um pãozinho com manteiga por 1,50 euros. É claro que experimentei uma ostra européia (pelo que entendi era do mediterrâneo) e estava muito boa. Depois segui andando pela Friedrichstrasse, até o Checkpoint Charlie, que era a principal passagem entreo oeste e o leste na epóca da divisão. Ali, visitei o museu, que conta toda a história dessa divisão, além de algumas curiosidades, como os apetrechos e métodos usados para que as pessoas do regime comunista usavam para cruzar o muro. É bem interessante e valeu a visita apesar do preço salgado (9 euros para estudante).
Depois, continuei minha caminhada pela Leipzigstrasse em direção à Potsdamer Platz. Nesse destino, fui até a lojinha da Berlinale, onde comprei alguns souvenirs. Depois passei em frente ao cassino, onde sem querer, me deparei com o tapete vermelho do festival, onde parei um pouco para ver as pesoas que ali passavam (só reconheci o diretor Tom Wylker, mas não vi os a Naomi Watts, nem o Clive Owen). Depois fui até o Sony Center onde encontrei minha vizinha e tentamos ir para a Filarmônica, mas os ingressos baratos para aquele dia estavam esgotados (ainda assim, aproveitei para comprar ingressos para o sábado, quando vou com o Hélio e seu colegas).
Acabamos, sem ingresso, indo para a região da Oranienburgstrasse, onde paramos numa pizzaria, onde comemos uma ótima pizza (a minha com uma mussarela de búfala muito boa e melhor que do Brasil). Depois, fomos para um barzinho ali perto, onde já tinhamos ido quando a Carol estava aqui. ficamos algum tempo e depois voltamos para o apartamento.
Chegando, dei uma arrumada por cima, pois hoje de manhã foi a inspeção do Hausmeister (zelador). Tive que dobrar as roupas, que estavam penduradas nos aquecedores e cadeiras e lavar a louça acumulada. Depois, bem tarde (meia noite e meia), fui dormir.
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Ia por fotos agora, mas tenho que ir para a prova do curso de filmes. Depois faço isso.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Vigésimo sexto dia
4 de fevereiro
Aula de manhã, almoço no Mensa, nada de novo... A aula de alemão foi boa, mas as apresentações orais dos outros alunos nem tanto. A garota chinesa, que sempre está quieta e que fala muito baixo, leu sua apresentação, mas no final fez um discurso bem engraçado sobre como as pessoas na China são livres e que o ocidente não os compreende, o que de certo modo é verdade. Porém, não gostei muito do modo como ela falou isso. A garota de Taiwan, acho que não entendeu muito bem como seria a apresentação pois ela imprimiu a letra de uma música em alemão e cantou na sala (foi um pouco ridículo). Mas mesmo assim, ganhou nota 10, mesmo não “speaking freely”. Além das apresentações, houve uma preparação para a prova de amanhã, que não parece estar difícil, ao menos para mim.
Depois do almoço, tive uma mini-excursão para Charlotenburg, um bairro bastante chique de Berlim, onde estão vários russos e judeus com muito dinheiro. Ali, fomos até uma espécie de shopping de decoração e móveis onde tínhamos que preencher um questionário sobre as coisas do local. Depois, tomei um café com o grupo, enquanto discutia o passeio.
Saindo de lá, passei numa loja de partituras no caminho, onde havia muita coisa, porém, não comprei nada. Eu ia voltar direto para casa, pois tinha que lavar roupa e louça, porém, no caminho, passei na Friedrichstrasse, onde entrei na Dussmann, a livraria da qual já mencionei. Hoje tive tempo e explorei-a por inteiro, comprando alguns CDs e DVDs. Depois, voltei para casa, onde logo, lavei minhas roupas e as louças, enquanto cozinhei um macarrão para comer. Logo, minha amiga me ligou e íamos sair para algum lugar, porém, como estava esperando pelas roupas da lavanderia, acabamos ficando no apartamento, enquanto comíamos queijo, tomávamos vinho e ouvíamos um dos meus novos CDs, de Mendelsohn, que hoje completaria 200 anos de idade. Comi bastante macarrão e depois pus minhas roupas na secadora e depois retirei e pendurei em todo o meu apartamento, para secar melhor. Daqui a pouco vou dormir (são 23 horas, (quando escrevi)).
Aula de manhã, almoço no Mensa, nada de novo... A aula de alemão foi boa, mas as apresentações orais dos outros alunos nem tanto. A garota chinesa, que sempre está quieta e que fala muito baixo, leu sua apresentação, mas no final fez um discurso bem engraçado sobre como as pessoas na China são livres e que o ocidente não os compreende, o que de certo modo é verdade. Porém, não gostei muito do modo como ela falou isso. A garota de Taiwan, acho que não entendeu muito bem como seria a apresentação pois ela imprimiu a letra de uma música em alemão e cantou na sala (foi um pouco ridículo). Mas mesmo assim, ganhou nota 10, mesmo não “speaking freely”. Além das apresentações, houve uma preparação para a prova de amanhã, que não parece estar difícil, ao menos para mim.
Depois do almoço, tive uma mini-excursão para Charlotenburg, um bairro bastante chique de Berlim, onde estão vários russos e judeus com muito dinheiro. Ali, fomos até uma espécie de shopping de decoração e móveis onde tínhamos que preencher um questionário sobre as coisas do local. Depois, tomei um café com o grupo, enquanto discutia o passeio.
Saindo de lá, passei numa loja de partituras no caminho, onde havia muita coisa, porém, não comprei nada. Eu ia voltar direto para casa, pois tinha que lavar roupa e louça, porém, no caminho, passei na Friedrichstrasse, onde entrei na Dussmann, a livraria da qual já mencionei. Hoje tive tempo e explorei-a por inteiro, comprando alguns CDs e DVDs. Depois, voltei para casa, onde logo, lavei minhas roupas e as louças, enquanto cozinhei um macarrão para comer. Logo, minha amiga me ligou e íamos sair para algum lugar, porém, como estava esperando pelas roupas da lavanderia, acabamos ficando no apartamento, enquanto comíamos queijo, tomávamos vinho e ouvíamos um dos meus novos CDs, de Mendelsohn, que hoje completaria 200 anos de idade. Comi bastante macarrão e depois pus minhas roupas na secadora e depois retirei e pendurei em todo o meu apartamento, para secar melhor. Daqui a pouco vou dormir (são 23 horas, (quando escrevi)).
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Dias 24 e 25
Vou tentar por em dia o blog antes que eu esqueça de informações relevantes...
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02 de fevereiro
Tive aula de alemão na qual era o dia da minha apresentação oral. No começo da aula, a professora explicou como seria a prova da próxima quinta-feira e depois começaram as apresentações. Primeiro, foi o americano da minha turma que fez uma apresentação sobre ele e os aviões que ele pilota e dá aulas, mostrando fotos dele no exército. Depois foi o almoço, onde comi no Mensa pequeno. Em seguida, um colega brasileiro apresentou sobre o livro Dom Quixote, porém, como leu, perdeu muitos pontos. Foi engraçado que quando ele puxou conversa com a menina chinesa sobre o livro, ela logo fez uma cara estranha e respondeu: “I’m not Christian”, pois achava que se tratava de um livro sobre algum santo, talvez. Depois foi minha vez, onde apresentei, é claro, sobre a Filarmônica, mostrando algumas fotos que tirei. Fui muito bem e só perdi um ponto por usar um verbo errado, de cem pontos possíveis (na verdade, minhas notas no curso de alemão estão excelentes, tendo, até agora, 294 de 300 pontos possíveis). Acho que meu alemão melhorou consideravelmente, para eu estar conseguindo fazer a apresentação de modo falar automaticamente, sem precisar pensar muito (valia bastantes pontos o “speak freely”).
A aula acabou por volta das três da tarde, mas fiquei na faculdade até mais tarde preparando o projeto que tenho que apresentar na próxima aula de alemão. Trata-se e um projeto criativo, em que se pode fazer o que quiser. Decidi comparar uma música que ouvi num filme alemão com a versão original dela que é brasileira (depois dessa apresentação falo sobre isso). Fiquei lá até as 5 da tarde (noite em Berlim), e fui encontrar com o Hélio, que é um brasileiro amigo do meu pai e da minha tia, que estava chegando em Berlim para uma feira em que participaria. Chamei minha amiga brasileira para ir junto e foi uma ótima idéia, pois ela é bem simpática e ajudou na fluência das conversas e na amplitude de temas.
Antes de chegarmos no endereço que ele tinha passado, paramos na KaDeWe, a loja mais chique de Berlim, que fica na Wittenberg Platz, pois tínhamos algum tempo. Ali, fomos até o andar de comidas que era impressionante. Tinha muitas coisas boas, que não eram tão caras quanto eu esperava. É claro que tinham coisas caras, como atum para sashimi por 35 euros o quilo e enguias vivas, mas comprei uma caixinha daquelas bolinhas de chocolate Lindt por 2,50 euros. Não tinha muito tempo, por isso não deu para conhecer tudo dali. Fui, então para o endereço do apartamento, que é próximo da loja e esperei na porta por algum tempo até que ele chegou (estava um pouco atrasado porque o vôo atrasou e não encontrava o apartamento dele, com eu tendo que ajudá-lo pois as instruções de como chegar no apartamento estavam em alemão). Logo, ele e mais dois colegas dele se arrumaram para ir aonde quer que eu levasse eles.
Decidi ir para uma região próxima da Alexanderplatz, do Rathaus (prefeitura) e da Nikolaikirsche (uma igreja), onde tem bastantes restaurantes legais. O que eles gostaram foi de andar de metrô aqui, coisa que nunca tinham feito apesar de já terem vindo para Berlim outras vezes. Acabamos parando num restaurante alemão, pois eles queriam comer comidas alemãs, já que acabaram de chegar aqui. Eles comeram um eisbein que estava muito bom (experimentei um pedaço) e eu comi um pedaço de carne de porco assada, com molho de maçã e acompanhado de sauerkraut (chucrute) e knodel (uma espécie de bolinho de batata). Estava tudo muito bom além das sobremesas que foram Apfelstrudel. O segredo dos doces aqui é o sahne, o creme que acompanha os bolos e doces que é muito bom (às vezes é parecido com chantili). Como continuavam animados, sugeri em irmos no bar de jazz que fui semana passada e prontamente aceitaram. Acho que eles, já tendo vindo outras três vezes antes, estavam cansados dos passeios turísticos e restaurantes turísticos e indicados por guias de viagem e queriam mesmo conhecer os lugares que descobri por aqui (lugares de estudante).
Chegamos no bar, depois de uma pequena caminhada, que serviu como digestão, com eles ficando um pouco impressionados pelos lugares que conhecíamos por aqui e pelo fato de andarmos à noite por lá. Logo, encontramos uma mesa onde sentamos para apreciar a ótima música do local (era um sexteto composto por trompete, clarineta baixo, sax, trombone, tuba e bateria, que tocava um estilo de jazz bem contemporâneo e diferente). Prontamente, paguei uma rodada de cervejas para todos pois haviam insistido em pagar a conta do restaurante. Ouvimos por volta de uma hora de música que eles acharam muito legal pois era um tipo de música que não dá para se escutar no Brasil. A conversa estava bastante boa, pois todos eram bastante simpáticos e se mostravam animados, apesar da longa viagem pela qual tinham acabado de passar. No meio delas, o Hélio me disse que iriam embora no domingo, como eu, e que tinha uma cama sobrando no apartamento dele que é bem grande, pois a filha dele viria junto, mas acabou não vindo e ele não cancelou essa cama. Assim, como ele havia dito que se quisesse poderia ficar no apartamento dele o dia que quisesse, aceitei o convite para o próximo sábado, já que tenho que desocupar o meu apartamento nesse dia e teria que procurar um hotel ou algo do tipo. Além disso, já combinei de comprar ingressos para irmos juntos na Filarmônica no sábado.
Já era bem tarde quando voltamos, por volta da meia noite e meia e encaminhei-os para a estação de metrô mais perto do apartamento deles antes de retornar para o meu. Como já era bem tarde, logo dormi.
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03 de fevereiro
Cheguei cedo na faculdade, mas minha aula só começava às 10. Assim, entrei no computador e acordei a Carol pelo Skype e ficamos conversando até o horário da aula. Os temas da aula foram edição e trilha sonora. A aula não foi muito interessante, apesar de dois bons seminários (teve também um documentário sobre um editor de filmes chamado Walter Murch). No Mensa comi comidas bastante boas (kassler, sauerkraut e batata, além de um creme com laranja). Quando estava quase no horário da aula acabar, o professor sugeriu que assistíssemos um filme que já havia assistido, assim, decidi não assisti-lo pois tinha que terminar meu projeto criativo da aula de alemão. Fiquei na faculdade fazendo isso até por volta das 6 e decidi, depois junto com minha vizinha, ir para o centro da cidade para fazer algo. Fomos primeiro na Wittenbergplatz, onde passamos novamente na KaDeWe, com mais calma e aproveitei para comer minha Currywurst favorita de Berlim na esquina seguinte. Depois, fomos para a Potsdamer Platz, onde fomos na loja que estava tudo em promoção de fechamento, porém, não encontrei nada do meu gosto que servia em mim (tanto no tamanho quanto no dinheiro). Como estávamos com fome, decidimos comer num lugar diferente, onde já tinha visto uma placa: um restaurante japonês. Aqui em Berlim, tem bastantes restaurantes que vendem sushi, porém, a maioria deles são restaurantes que servem, além de sushi, outros pratos asiáticos em geral, como comidas coreanas, vietnamitas, tailandesas e chinesas. Mas, eu tinha na frente de um restaurante japonês de verdade e decidi irmos lá. Eram 15 euros e coma a vontade. Estava razoavelmente bom, dando para matar a saudade de comer sushi (mas o sushi do Brasil é muito melhor). Depois voltei para o apartamento e escrevi os dois textos.
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Não esqueci do dia 31, ainda...
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02 de fevereiro
Tive aula de alemão na qual era o dia da minha apresentação oral. No começo da aula, a professora explicou como seria a prova da próxima quinta-feira e depois começaram as apresentações. Primeiro, foi o americano da minha turma que fez uma apresentação sobre ele e os aviões que ele pilota e dá aulas, mostrando fotos dele no exército. Depois foi o almoço, onde comi no Mensa pequeno. Em seguida, um colega brasileiro apresentou sobre o livro Dom Quixote, porém, como leu, perdeu muitos pontos. Foi engraçado que quando ele puxou conversa com a menina chinesa sobre o livro, ela logo fez uma cara estranha e respondeu: “I’m not Christian”, pois achava que se tratava de um livro sobre algum santo, talvez. Depois foi minha vez, onde apresentei, é claro, sobre a Filarmônica, mostrando algumas fotos que tirei. Fui muito bem e só perdi um ponto por usar um verbo errado, de cem pontos possíveis (na verdade, minhas notas no curso de alemão estão excelentes, tendo, até agora, 294 de 300 pontos possíveis). Acho que meu alemão melhorou consideravelmente, para eu estar conseguindo fazer a apresentação de modo falar automaticamente, sem precisar pensar muito (valia bastantes pontos o “speak freely”).
A aula acabou por volta das três da tarde, mas fiquei na faculdade até mais tarde preparando o projeto que tenho que apresentar na próxima aula de alemão. Trata-se e um projeto criativo, em que se pode fazer o que quiser. Decidi comparar uma música que ouvi num filme alemão com a versão original dela que é brasileira (depois dessa apresentação falo sobre isso). Fiquei lá até as 5 da tarde (noite em Berlim), e fui encontrar com o Hélio, que é um brasileiro amigo do meu pai e da minha tia, que estava chegando em Berlim para uma feira em que participaria. Chamei minha amiga brasileira para ir junto e foi uma ótima idéia, pois ela é bem simpática e ajudou na fluência das conversas e na amplitude de temas.
Antes de chegarmos no endereço que ele tinha passado, paramos na KaDeWe, a loja mais chique de Berlim, que fica na Wittenberg Platz, pois tínhamos algum tempo. Ali, fomos até o andar de comidas que era impressionante. Tinha muitas coisas boas, que não eram tão caras quanto eu esperava. É claro que tinham coisas caras, como atum para sashimi por 35 euros o quilo e enguias vivas, mas comprei uma caixinha daquelas bolinhas de chocolate Lindt por 2,50 euros. Não tinha muito tempo, por isso não deu para conhecer tudo dali. Fui, então para o endereço do apartamento, que é próximo da loja e esperei na porta por algum tempo até que ele chegou (estava um pouco atrasado porque o vôo atrasou e não encontrava o apartamento dele, com eu tendo que ajudá-lo pois as instruções de como chegar no apartamento estavam em alemão). Logo, ele e mais dois colegas dele se arrumaram para ir aonde quer que eu levasse eles.
Decidi ir para uma região próxima da Alexanderplatz, do Rathaus (prefeitura) e da Nikolaikirsche (uma igreja), onde tem bastantes restaurantes legais. O que eles gostaram foi de andar de metrô aqui, coisa que nunca tinham feito apesar de já terem vindo para Berlim outras vezes. Acabamos parando num restaurante alemão, pois eles queriam comer comidas alemãs, já que acabaram de chegar aqui. Eles comeram um eisbein que estava muito bom (experimentei um pedaço) e eu comi um pedaço de carne de porco assada, com molho de maçã e acompanhado de sauerkraut (chucrute) e knodel (uma espécie de bolinho de batata). Estava tudo muito bom além das sobremesas que foram Apfelstrudel. O segredo dos doces aqui é o sahne, o creme que acompanha os bolos e doces que é muito bom (às vezes é parecido com chantili). Como continuavam animados, sugeri em irmos no bar de jazz que fui semana passada e prontamente aceitaram. Acho que eles, já tendo vindo outras três vezes antes, estavam cansados dos passeios turísticos e restaurantes turísticos e indicados por guias de viagem e queriam mesmo conhecer os lugares que descobri por aqui (lugares de estudante).
Chegamos no bar, depois de uma pequena caminhada, que serviu como digestão, com eles ficando um pouco impressionados pelos lugares que conhecíamos por aqui e pelo fato de andarmos à noite por lá. Logo, encontramos uma mesa onde sentamos para apreciar a ótima música do local (era um sexteto composto por trompete, clarineta baixo, sax, trombone, tuba e bateria, que tocava um estilo de jazz bem contemporâneo e diferente). Prontamente, paguei uma rodada de cervejas para todos pois haviam insistido em pagar a conta do restaurante. Ouvimos por volta de uma hora de música que eles acharam muito legal pois era um tipo de música que não dá para se escutar no Brasil. A conversa estava bastante boa, pois todos eram bastante simpáticos e se mostravam animados, apesar da longa viagem pela qual tinham acabado de passar. No meio delas, o Hélio me disse que iriam embora no domingo, como eu, e que tinha uma cama sobrando no apartamento dele que é bem grande, pois a filha dele viria junto, mas acabou não vindo e ele não cancelou essa cama. Assim, como ele havia dito que se quisesse poderia ficar no apartamento dele o dia que quisesse, aceitei o convite para o próximo sábado, já que tenho que desocupar o meu apartamento nesse dia e teria que procurar um hotel ou algo do tipo. Além disso, já combinei de comprar ingressos para irmos juntos na Filarmônica no sábado.
Já era bem tarde quando voltamos, por volta da meia noite e meia e encaminhei-os para a estação de metrô mais perto do apartamento deles antes de retornar para o meu. Como já era bem tarde, logo dormi.
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03 de fevereiro
Cheguei cedo na faculdade, mas minha aula só começava às 10. Assim, entrei no computador e acordei a Carol pelo Skype e ficamos conversando até o horário da aula. Os temas da aula foram edição e trilha sonora. A aula não foi muito interessante, apesar de dois bons seminários (teve também um documentário sobre um editor de filmes chamado Walter Murch). No Mensa comi comidas bastante boas (kassler, sauerkraut e batata, além de um creme com laranja). Quando estava quase no horário da aula acabar, o professor sugeriu que assistíssemos um filme que já havia assistido, assim, decidi não assisti-lo pois tinha que terminar meu projeto criativo da aula de alemão. Fiquei na faculdade fazendo isso até por volta das 6 e decidi, depois junto com minha vizinha, ir para o centro da cidade para fazer algo. Fomos primeiro na Wittenbergplatz, onde passamos novamente na KaDeWe, com mais calma e aproveitei para comer minha Currywurst favorita de Berlim na esquina seguinte. Depois, fomos para a Potsdamer Platz, onde fomos na loja que estava tudo em promoção de fechamento, porém, não encontrei nada do meu gosto que servia em mim (tanto no tamanho quanto no dinheiro). Como estávamos com fome, decidimos comer num lugar diferente, onde já tinha visto uma placa: um restaurante japonês. Aqui em Berlim, tem bastantes restaurantes que vendem sushi, porém, a maioria deles são restaurantes que servem, além de sushi, outros pratos asiáticos em geral, como comidas coreanas, vietnamitas, tailandesas e chinesas. Mas, eu tinha na frente de um restaurante japonês de verdade e decidi irmos lá. Eram 15 euros e coma a vontade. Estava razoavelmente bom, dando para matar a saudade de comer sushi (mas o sushi do Brasil é muito melhor). Depois voltei para o apartamento e escrevi os dois textos.
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Não esqueci do dia 31, ainda...
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