Bom, já cheguei na Suíça, mas tenho que relatar como foram os últimos dias em Berlim. Sobre a Suíça, o pouco que conheci foi a viagem de trem entre Zurique e St. Gallen e uma pequena caminhada noturna, sob uma grande neve, aqui em St. Gallen, ou seja, não muita coisa (sei que as coisas são um pouco mais caras aqui...).
06 de fevereiro
Sexta-feira de manhã tive que me encontrar com o Hausmeister (zelador) do meu apartamento para que ele fizesse a vistoria do mesmo para que eu pudesse ir embora no dia seguinte. Como meu apartamento estava inteiro (e eu tinha dado uma arrumação no dia anterior), deu tudo certo. Logo, fui para a universidade, onde seria a minha prova do curso de filmes. A prova não foi difícil, porém um pouco longa, onde tive que escrever bastante. Acabei por volta de meio-dia e teria que esperar pela cerimônia de encerramento que começaria às duas e seria seguida de um almoço. Porém, estava com muita fome e, assim, precisava comer algo. Acabei indo no Mensa peã última vez e comido salsicha com batata frita, pois se trata de um prato bastante barato.Terminado esse almoço, fui para perto do auditório onde seria a cerimônia e fiquei conversando com o pessoal do curso que ali também esperavam. A cerimônia foi um pouco chata, com a apresentação do trabalho de alguns alunos, que não foram muito boas. Ao final, teve o almoço (umas três da tarde, com as pessoas morrendo de fome) e todos se despediram da maioria de todos (trocando e-mail, por exemplo). Combinei com alguns amigos de sair mais tarde e foi o que fizemos logo depois disso. Primeiro, fui com a Adriana, minha vizinha até a Wittenberg Platz, onde tínhamos visto uma loja com malas em promoção. Ali, comprei uma mala, estilo sacola, onde poderia por todas as minhas roupas sujas e bagunças (além disso, passei na Saturn, loja de eletrônicos, para comprar um pen-drive, para armazenar todas as fotos até agora tiradas). Depois, fui para a região da Oranienburgstrasse, onde parei num barzinho que já tinha ido outras vezes e que é bastante agradável. Ali, chegaram mais vários outros amigos e ficamos conversando e depois fomos para outro lugar, onde havia comida também, pois alguns estavam com muita fome. Esse lugar, tinha pizzas bastante baratas e acabei comendo uma. Depois, fomos para outro bar que estava lotado mais cedo, onde são servidas mais de cem variedades de cerveja. Ali ficamos conversando por um bom tempo, enquanto alguns chegavam e saiam. Entre os que chegaram, estava o Hélio e seus dois amigos que tinham saído de um jantar e que queriam nos encontrar, eu e meus amigos. No final, ficamos conversando nesses diversos lugares até as 4 da manhã, o que foi uma bela despedida da noite de Berlim. Por volta das 5 cheguei em casa, junto com o Natan e a Adriana, que estava um pouco bêbada. O Natan acabou dormindo no chão do meu apartamento, pois o ônibus que ia para o dormitório dele demorava muito para passar de madrugada.
07 de fevereiro
O último dia em Berlim começou relativamente cedo à noite anterior (por volta das 8 e meia já tinha acordado). Comecei a arrumar e selecionar as coisas e depois limpar o apartamento essa hora e só acabei por volta das 11. Deu bastante trabalho por tudo nas malas, mas carregá-las, nem se fala. Tanto que preferi pegar um taxi ao invés de ter que fazer duas baldeações nos trens com todo o peso (no final valeu a pena o preço não muito alto, pois a Adriana dividiu a tarifa comigo, indo até o apartamento do Hélio, que seria um lugar mais fácil para ela ir ao aeroporto). Chegamos por volta do meio-dia e ele ainda estava se recuperando da noite anterior. Fomos então, junto dos amigos dele, Júlio e Carlos, até a KaDeWe, onde almoçamos no andar de comidas e demos uma volta nos outros andares. Depois, tomamos um café na Saturn e também passeamos ali. Em seguida, voltamos para o apartamento (que fica a três quadras da avenida onde ficam todos esses lugares), onde assistimos um pouco de televisão e descansamos. A seguir, fui até um café que fica ali na frente e tomei suco de maçã e usei a internet. Logo, a Adriana pegou o taxi rumo ao aeroporto e eu a ajudei com as malas, voltando depois para o café junto com o Hélio. Ali fiquei, de novo, algum tempo na internet, mas logo saí para dar um último passeio por aquela região, já que logo iria para a Filarmônica. Acabei entrando numa livraria e ficando todo o meu tempo disponível lá (comprei um livro de gramática alemã, e dois livros em alemão com a versão na língua original ao lado: Alberto Caeiro, do Fernando Pessoa e um conto do Edger Allan Poe. Depois comi meu último Currywurst da minha barraquinha preferida.
Voltando ao apartamento, logo saímos em direção à Filarmônica onde assistiríamos ao concerto da Filarmônica de Berlim, regida pelo Simon Rattle, apresentado um oratório de Schumann, pouco conhecido, chamado Das Paradies und die Peri. Sentamos atrás da orquestra e do coro, onde foi possível ver bem a ótima regência do maestro, que é um dos mais conceituados no mundo. O interessante, também, é que as letras são projetadas no fundo da sala tronando possível para aqueles que se sentam atrás da orquestra acompanhar o andar do enredo (não que tenha dado para entender muita coisa). Acho que todos gostaram bastante do concerto pois muito me agradeceram por terem os levado lá (eles acabaram indicando esse programa para uma amiga deles que também acabou indo com o filho). De lá, saímos para comer algo e acabei levando-os até o Sony Center na Potsdamer Platz (despedida dela também). Elas, apesar de já terem ido para Berlim 4 vezes, nunca tinham ido ali e ficaram impressionados com a beleza do local. Comemo num restaurante australiano, onde comi um hambúrguer muito bom (estava com saudade de comer carne de boi). No final, voltamos tarde e logo que cheguei dormi.
08 de fevereiro
Acordei bem cedo para ir ao aeroporto e logo o fiz. Quando cheguei, o check-in para o meu vôo ainda não estava aberto, mas antes tinha ido para o posto do tax free para trocar meus cheques (consegui receber 11 euros de volta). Voltando, logo fiz o meu check-in e depois foi para o café para tomar um suco de maçã e usar a internet.
O vôo foi bem tranqüilo e o avião da Swiss Air é muito bom (melhor do que o da Lufthansa), pois os bancos são mais confortáveis e espaçosos. De comida foi servido um croissant de chocolate e um chocolate (bem suíços, não?). No desembarque em Zurique, logo peguei todas minhas malas e coloquei num carrinho que me salvou. Depois de andar por vários elevadores, cheguei até a estação de trem onde comprei minha passagem de trem até St. Gallen. Quando o trem chegou consegui embarcar todas as malas, porém uma delas teve que ficar no corredor um pouco longe de mim (ficava o tempo todo olhando preocupado para ela). A viagem de trem durou aproximadamente 50 minutos e fiquei admirando a paisagem branca das pequenas cidades suíças (para se ter uma idéia, St. Gallen, com 70 mil habitantes é considerada uma metrópole na região!).
A aventura das malas hoje começou quando, no trem, não consegui abrir minha mala de mão e, conseqüentemente, não consegui pegar meu casaco. Resultado: muita neve caindo e eu só com uma blusa (na verdade eu estava protegido por 50 quilos de malas). Tinha esquecido de detalhar minha bagagem. Uma mala grande de 29 quilos, uma sacola de roupas de 10 quilos, minha mochila do computador, bem cheia, minha bolsa que eu comprei da Berlinale, abarrotada de livros e a mala de mão que não queria abrir. Bom, saindo do trem, subi uma rampa até o hall da estação, pois sabia que tinha que ir até um hotel que fica na frente, para pegar as chaves do apartamento. Nunca foi tão difícil atravessar uma rua! Além de todo o peso, tinha muita neve no chão, dificultando mais ainda. Consegui pegar a chave e pedi as indicações para o apartamento, que não foram muito animadoras. Tinha que voltar pela estação e descer e subir uma rampa para atravessá-la, porém, a rampa do outro lado esta totalmente coberta de neve, tendo eu, assim, que abrir um caminho por entre uma camada de um palmo de neve. A cada 20 metros andados, tinha que parar para descansar, mas logo cheguei, porque moro bem perto da estação. O prédio de apartamentos de estudantes fica junto com o de um restaurante chinês e, graças a Deus, possui um elevador para que eu pudesse levar minhas malas até o terceiro andar. O apartamento é menor que o de Berlin e mais velho, porém mais bem localizado e também simpático. Cheguei bem cansado e logo liguei o computador para usar a internet e falei algum tempo com a Carol antes de tirar um cochilo. Não foi fácil levantar, mas o fiz para que pudesse dar uma volta pela cidade hoje, ainda. Estava nevando bastante, mas não muito frio (talvez já esteja um pouco acostumado) e dei um passeio no centro da cidade, parando para comer um Döner Kebab, numa das únicas coisas abertas da cidade. Foi engraçado que não conseguia entender o que o homem do restaurante falava por causa do sotaque suíço (estou acostumado com o sotaque berlinense) porém, logo ele falou mais devagar e conseguimos trocar algumas frases. Logo, de barriga cheia, voltei para o apartamento e liguei para o meu amigo que está aqui e combinamos de irmos junto para a faculdade depois. Além disso, fiquei no computador algum tempo escrevendo e olhando a internet.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
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Que triste deixar Berlin, né?? Mas espero que vc goste bastante de st, gallen tb!! ^^
ResponderExcluirSeu apartemento parece bom, e não vejo a hora de ouvir mais sobre como são as coisas aí.
bjos!! ^^
Filho,
ResponderExcluirvc só me dá alegrias, tenho só q agradecer à Deus por tanto.
Vc é um exemplo pra muitos!!
Viva cada dia de uma vez, como único!
Deus te abençoe e te proteja em sua nova jornada.
Bjs
Puxa Eduardo , você tem aproveitado muito bem seus dias aí em Berlin, que privilégio estar na Europa hein? Claro que isso é resultado de um esforço grande anterior . Parabéns . Agora é conhecer a Suiça e já que está aí, dar uma fiscalizada nas suas contas bancárias .
ResponderExcluirAbraços
Carlos Yuji Kunieda (tio da Yuubi)
Oi Du,
ResponderExcluirVc tem recebido mtos "elogios" pelas suas atividades (sejam escolares, sociais e culturais). Agora, graças ao seu blog, todos estão conhecendo o "grande" rapaz que vc é. Como eu sempre digo : nunca é tarde para descobrir a riqueza que temos em casa !!!
Para o Helio, vc é o "maximo"! Nunca viu uma pessoa saber se virar tão bem numa cidade, a sua simpatia contagiou a todos e a sua cultura deixou-os boquiabertos. Como me escreveram, não podiam ter tido melhor companhia !
Voce viu qto pto de exclamação, eu usei nesse contexto? Tudo isso é pela sua autenticidade: VOCE MERECE !!!
Temos certeza que tudo há de continuar, como começou : mto estudo, dedicação , alegria e felicidade.
Beijos, tia Mi