A viagem por Istanbul foi bastante boa e serviu pra eu descansar um pouco do frio, apesar de não estar realmente quente aqui. Estou indo pro aeroporto em poucos minutos e espero que durante o tempo de viagem e aeroporto eu possa relatar melhor os meus dias por aqui.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Fotos!
Ainda estou no aeroporto esperando meu voo... Vou aproveitar a internet rápida pra colocar algumas fotos. De qualqeur modo, não esqueçam de olhar o http://www.flickr.com/photos/dutsato/

O Dostoiévsky, perto da casa dele

Kazan Catedral, a dez minutos de caminhada do hostel

Ice-skating

Tava muito frio esse dia!

Spill blood cathedral, cinco minutos a pé do hostel

Ano novo

Acampamento

Mais acampamento

Cozinhando na Rússia

Torre de incendios de Kostroma

Igreja/fortaleza em Kostroma

Assim eram as casa aqui uns 100 anos atrás

Casa do Sasha e sua família

Boneco de neve que a gente fez

Uma das salas em que dei aula

Pessoas do projeto

Meu grupo de trabalho

Sala dos Beatles onde a gente dá aula

Mais uma sala

Em frente da escola

Mais uma aula
Espero comentários!

O Dostoiévsky, perto da casa dele

Kazan Catedral, a dez minutos de caminhada do hostel

Ice-skating

Tava muito frio esse dia!

Spill blood cathedral, cinco minutos a pé do hostel

Ano novo

Acampamento

Mais acampamento

Cozinhando na Rússia

Torre de incendios de Kostroma

Igreja/fortaleza em Kostroma

Assim eram as casa aqui uns 100 anos atrás

Casa do Sasha e sua família

Boneco de neve que a gente fez

Uma das salas em que dei aula

Pessoas do projeto

Meu grupo de trabalho

Sala dos Beatles onde a gente dá aula

Mais uma sala

Em frente da escola

Mais uma aula
Espero comentários!
Semana e aeroporto
Estou agora no aeroporto de Moscou esperando pelo meu voo para Istambul. Não é o mesmo do atentado de segunda-feira, mas a segurança está muito rígida aqui. Mesmo em St. Petersburg, o controle está bem forte, havendo raios-X mesmo para entrar no aeroporto. Quando se entra no embarque, além do procedimento padrão, de tirar o sapato e o cinto e passar no detector de metais, eles estão fazendo uma revista em todos que vão embarcar. Quando cheguei aqui, tive ainda que mostrar meu celular e ligar meu computador, porque acho que eles queriam saber se era mesmo um computador. Na hora de carimbar o passaporte a mulher conferiu todas as páginas por muito tempo. Ela até escaneou algumas, mas não entendi o sentido. Talvez ela tivesse achando que era falso. Mas agora já deu tudo certo e é só esperar pelo voo.
Essa semana foi bem tranquila, apesar de eu ter finalmente trabalhado de verdade. Foi um pouco cansativo, mas foi por isso que eu vim para cá. Na segunda, só trabalhei de manhã, na terça até o começo da tarde e na quarta o dia inteiro. É estranho que quando eu chegava no hostel depois do trabalho, os colegas ficavam revoltados a minha carga de trabalho. Realmente não entendo... Eles vieram aqui para que? Eu já cansei de ser turista na cidade e não aguento mais ficar flanando de museu em museu e, por isso, o trabalho e essa viagem são ótimas saídas para isso. Além disso, chegaram mais duas pessoas para ficar no meu quarto, um chinês e um brasileiro, e por isso está novamente uma grande bagunça e preciso sair de lá pra refrescar a cabeça. (Que engraçado usar essa expressão aqui, não?). Bom, gostei do jeito que escrevi outro dia pra resumir a semana, porque foi bem prático, apesar de não ficar um texto tão divertido.
Sábado: Depois de ter publicado no blog, decidi ir a um pub inglês que parecia ser bem bom e que ficava um pouco longe do hostel. O caminho até lá não era muito bom, porque nesse dia tinha muito gelo na calçada e cai duas vezes, mas sem maiores danos, do que sujar a calça de neve. O ambiente do pub era muito bom, lembrando bastante o que imagino ser um pub inglês. A comida e a bebida eram bastante boas também, com destaque para as cask ales, uma inglesa e uma imperial porter russa que eram uma delícia para se esquentar. Depois disso, voltei para o hostel e dormi bastante bem, porque estava precisando descansar.
Domingo: Acordei bem tarde, mas logo saí junto com o Glauber para encontrar algumas russas que conhecemos no ano novo. Fomos para um shopping que tem um tipo de centro de diversões, com boliche, sinuca e jogos eletrônicos. Ficamos algum tempo lá, jogando sinuca, air-hockey e conversando. Depois de um lanche no fim da tarde voltei para casa porque precisava terminar minha aula do dia seguinte. Na verdade, eu nem fiz essa aula, deixando para os outros, porque não gostei muito do tema que é “Personal Finance”, que não sei muito bem como e o que ensinar. No final, o resto do meu grupo pegou uma apresentação da internet e adaptou para os nossos propósitos.
Segunda: Trabalhei somente de manhã, mas desde bem cedo, tendo que sair de casa aproximadamente às 7 e meia da manhã. Parece não ser tão cedo, mas quando o sol nasce as 9 e meia, é bem mais difícil acordar. Foi a terceira vez que fomos nessa escola e deu tudo certo, apesar de um erro no nosso planejamento. Pedimos uma lição de casa, mas a apresentação da mesma tomou todo o nosso tempo de aula, além de expor diversas dificuldades dos alunos, como por exemplo, a preparação de apresentações e a fala em inglês de temas não tão familiares para eles. Depois da aula, voltei para o hostel e saí para almoçar. Acabei encontrando um restaurante japonês muito bom, onde um tipo de bento, com gyushogayaki, sushi, gohan, missoshiro e bebida, custavam somente 15 reais. Naquela noite saí para encontrar uma amiga que fiz no trem de volta de Kostroma e fomos para um café e ficamos conversando e combinamos de ir ver um show de jazz ainda essa semana.
Terça: Fomos trabalhar numa escola nova, talvez a melhor escola de todas, onde os alunos realmente falam inglês e as professoras foram muito receptivas e simpáticas conosco. Foi um pouco difícil a aula no início, porque estávamos um pouco intimidados com várias professoras de inglês nos assistindo, porque sabemos que nosso inglês não é gramaticalmente perfeito. Mas valeu a pena, também pelo almoço que foi o melhor que a gente comeu numa escola até agora, e espero que a gente continue trabalhando nessa escola. Talvez os novos trainees que acabaram de chegar assumam as aulas ali. A tarde, assisti a um filme (no final vou por minha lista de filmes que vi até agora nessa viagem, com alguns comentários que eu fiz) e depois saí pro irish pub pra usar a internet. Nesse momento já estava meio entediado e de repente, meio que por impulso, decidi comprar a passagem para Istambul, para dois dias depois, porque teria tempo e estava razoavelmente barato.
Quarta: Esse dia foi bem cansativo em relação ao trabalho. De manhã até o início da tarde dei três aulas de uma hora e meia cada, praticamente sem intervalo. Depois da pausa para o almoço, mais uma aula para fechar o dia. O que aumentou o cansaço foi o fato de que só eu e a Tatiana demos as aulas, já que os outros dois membros do grupo não foram trabalhar. De novo, não entendo o que vieram fazer aqui... Esperava poder voltar para o hostel antes de sair de novo, mas não tinha muito tempo e acabei indo direto para o lugar do jazz. Antes de ir pra lá, parei no McDonalds para reservar meu hostel em Istambul. Encontrei minha amiga e fomos para o Jazz Philharmonic Hall, uma sala de concertos em que só jazz é apresentado, desde muito tempo atrás (acho que uns 60 anos pelo menos). O teatro é bem simpático, assim como o cantor que se apresentou, mesmo que eu não entendesse uma palavra do que ele dissesse. Era uma grupo de blues que tocou várias músicas conhecidas. Depois, passei ainda no Subway pra usar a internet e resolver os últimos detalhes da passagem e ainda comprar os ingressos dos ballets que eu vou assistir quando voltar. Comprei a trilogia completa do Tchaikovsky no teatro Mariinsky (ex-Kirov): A Bela Adormecida, O Lago dos Cisnes e O Quebra-nozes. Mesmo que tenha sido um pouco caro, acho que é uma oportunidade única na vida ver todos os balés mais importantes dele aqui na Rússia. Eu preferia que fosse a trilogia do Stravisnky, mais ainda sim estou bastante animado, principalmente depois de ver o filme O Cisne Negro, no dia anterior. Assim vou ocupar meus últimos finais de semana na Rússia e acho que não vou ficar mais entediado lá.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Viagem amanhã!
Não tenho tempo de explicar tudo o que aconteceu essa semana até agora, mas posso dizer que trabalhei bastante e estou cansado. A boa notícia é que meu próximo dia de trabalho é na terça feira da semana que vem e por isso decidi aproveitar as mini férias para viajar. Estou indo para Istambul, na Turquia, lugar para onde encontrei passagens bem baratas. Fico lá até segunda e acho que vai dar para aproveitar bem a temperatura acima de zero. Mando notícias de lá!
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Bomba em Moscou!
Acabei de ler a notícia de uma bomba no aeroporto de Moscou que matou mais de 30 pessoas. Ainda bem que eu não fui para lá. Alguns amigos voltaram de lá hoje, mas está tudo bem. Tomara que isso não se repita e que não tenha reflexos sobre os estrangeiros que estão aqui.
sábado, 22 de janeiro de 2011
Semana
Olá a todos! Ainda to passando calor aqui com a temperatura próxima de zero. Essa semana passou bem rápido, porque foi bem movimentada e ocupada. Na segunda-feira tive uma reunião para decidir e organizar as próximas aulas. Na terça trabalhei nas apresentações que faria na quarta e na quinta, dias em que trabalhei bastante e tive que acordar cedo. É estranho sair cedo aqui, porque as oito da manhã ainda está muito, muito escuro, mas as ruas já estão bastante cheias de pessoas indo para o trabalho. Como já disse, a temperatura não está tão baixa, como já foi alguns dias atrás e, assim, tive que tirar meu sobretudo da mala e começar a usar, porque eu realmente tava passando calor com o meu casaco mais quente.
Na segunda-feira, depois da reunião, fomos para um café onde conheci mais um monte de brasileiros que estão aqui, mas num outro projeto. Tem até um bixo do Insper e um cara do Ita. Eles foram no café também, além de quase todos os outros que estão aqui. Depois, os novos brasileiros voltaram para suas casas, pois não estão acostumados com o ritmo da vida noturna russa, apesar de estarem aqui por mais de 10 dias. Os antigos brasileiros e os agregados (indonésio, sérvio e outros...) decidimos ir pra mais alguns lugares ainda. Tem uma rua aqui, perto do nosso hostel, chamada Dumskaya, que tem bastantes bares divertidos com vários tipos de música. Fui pra essa rua duas vezes essa semana.
Na verdade eu estava escrevendo o texto do jeito que sempre escrevo, como acima, mas fui interrompido por outras pessoas algumas vezes e me cansei, por isso, vou escrever de um outro jeito, relatando dia a dia essa semana.
Domingo passado: Não me lembro mais, mas eu acho que fiquei descansando no hostel, assistindo filmes no computador e acho que fui no Irish Pub pra usar a internet.
Segunda: Tinha uma reunião marcada para a tarde, mas ela foi adiada para o começo da noite (acho que para as 6 da tarde). Na reunião, discutimos como já disse, a nova escola em que daríamos aula e como faríamos isso. Foi bem rápido, porque eu tinha combinado com as brasileiras de não enrolarmos muito como o pessoal daqui gosta de fazer. Depois disso, encontrei todos os outros brasileiros que estavam ali no escritório da Aiesec e decidimos ir pra um bar. Eu fui na frente com o Bagas, porque ele está ainda com o pé machucado e decidimos mudar de ideia e paramos num café bem simpático. Várias pessoas foram para lá também e montamos uma mesa gigante, com 95% de brasileiros. Como eu disse, conheci os outros brasileiros naquele dia. De lá, voltamos para o hostel e, depois de comermos e bebermos um pouco no quarto, saímos para aquela rua da qual falei. Ficamos algum tempo lá, mas como era segunda, não estava muito animado e acabamos voltando pra casa cedo (tipo 2 da manhã!).
Terça: Dormi bastante e no começo da tarde acompanhei o Bagas, junto com o Sasha até o hospital pra ver como estava o pé dele. Esperei por muito tempo lá, já que, como descobri depois, o pé dele não estava apenas torcido, mas com o osso trincado. A Thainá, que também sofreu um acidente aqui, tomando uns pontos no braço, por ter caído em cima de uma garrafa, apareceu depois pra ir no hospital, mas acabou só indo comer com a gente. O que foi chato é que o Sasha perdeu a prova dele por causa do tempo no hospital. Experimentei o kvas, que é uma bebida tradicional, que parece uma cerveja, mas é feito de pão e sem álcool. Já havia tomado isso antes na Finlândia e na Letônia, mas esse russo estava bem ruim, porque era muito doce. A noite fui para o Subway usar um internet mais rápida, pra poder preparar a aula do dia seguinte.
Quarta: Muito trabalho esse dia. Acordei cedo pra ir pra estação e não me atrasar, porque era um pouco longe. Cheguei no horário, mas o mesmo não aconteceu com os outros membros do meu grupo, que dormiram demais. Resultado: tive que dar a primeira aula sozinho. E sem material, que estava no computador da outra menina. Tive que improvisar, mas acho que deu bem certo, na verdade melhor do que o planejado. Tanto que mantivemos o formato que eu improvisei para as duas outras aulas que demos naquele dia. Era numa escola particular, o que é bastante raro para a Rússia, onde o ensino em geral é público. As turmas são bem pequenas, mas muito boas. A primeira aula foi para crianças de 11 e 12 anos e eles falavam e entendiam inglês bastante bem. A segunda para alunos de 13 e 14 anos foi a que mais gostei, porque os alunos estavam mais interessados. A terceira, para alunos de 15, 16 e 17 anos, foi bem desgastante, porque não é fácil lidar com adolescentes, principalmente esses, que eram um pouco mimados (acho que são de uma classe bem alta pra estudarem em escola particular). No total, foram quatro horas e meia de aula, o que me deixou bem cansado. A aula era sobre a apresentação dos países de que viemos e de nós mesmos, mas acabou sendo apenas do Brasil, porque o sérvio não pode ir. A noite teve a festa de despedida do Lucas, que foi embora hoje de manhã. Fomos para outro bar naquela rua, mas antes das 2 da manhã, voltei pra casa, para trabalhar cedo no dia seguinte. A festa foi boa, mas acho que o pessoal abusa na bebida e faz coisas sem pensar. Ainda bem que eu me controlo nessas coisas, porque as vezes é bem estranho o que eles fazem.
Quinta: Acordei bem cedo de novo, pra trabalhar e até encontrei no caminho para o metro os retardatários da festa do dia anterior no caminho. A escola era a mesma da aula do sábado anterior, mas as turmas eram outras. A matéria foi a mesma do dia anterior, mas dessa vez o sérvio estava presente. Deu tudo bem certo, novamente e também pudemos conhecer uma igreja ortodoxa da região da escola no intervalo de 2 horas que tivemos, graças a ajuda de alguns alunos que nos guiaram. As duas turmas era bastante boas, mas novamente fiquei bem cansado ao fim do dia. À noite, depois de descansar um pouco, fui jantar bem num restaurante japonês. Eles adoram aqueles sushis ruins cheios de maionese e outros molhos ou fritos, mas optei pelo tradicional, com sushis de atum, salmão, camarão (cru e cozido), unagui e vieiras e estava bem razoável. Principalmente pelo preço, que não passou de 25 reais. Além disso, comi também um tipo de gyudom, porque queria comer Gohan, mas não estava muito bom por estar muito salgado. Talvez possa encontrar um restaurante com comida japonesa melhor em algum lugar, mas valeu por matar a saudade.
Sexta: Dia dedicado ao visto para a Índia. De manhã, conheci a menina de Taiwan que acabou de chegar e está morando no hostel. A Alana, uma brasileira também estava presente na mesa do café da manhã e decidimos todos irmos para um museu. Antes disso, queria encaminhar os documentos para tirar o visto, e por isso, fui até o escritório da Aiesec, onde poderia usar a impressora. A menina de Taiwan queria conhecer lá também e, por isso, ela e a Alana foram junto comigo. Depois de algum tempo preparando os documentos, passamos no lugar onde se tira o visto, que não é o consulado, mas um escritório responsável por isso. Tirei a foto nos padrões que pediam, mas não consegui preparar tudo, porque precisava da passagem primeiro. Então decidi ir para o museu com as meninas, que ficava numa outra estação de metro. Quando estávamos quase no museu em que queria ir, elas mudaram de ideia e decidiram ir num museu de arte russa, que eu não estava interessado, deixando elas lá. Acabei não indo no outro museu, mas voltando para o hostel e pegando o computador para comprar a passagem e tentar pedir o visto de novo, antes do horário de fechamento do escritório. Deu tudo certo e o meu visto fica pronto no dia 04 de fevereiro. A minha viagem para Delhi está marcada para o dia 17 de fevereiro, com retorno dia 24, mesmo dia em que pretendo ir para Amsterdam, se eu conseguir trocar minha passagem, que está marcada para o dia 25. Espero que dê tudo certo, tanto em relação ao visto quanto a viagem. Na verdade, já fiz contato com meu amigo indiano que conheci aqui e que mora em Delhi e ele disse pra eu não me preocupar, porque posso ficar na casa dele ou de algum amigo dele e que alguém vai me buscar no aeroporto. Assim, acho que a viagem vai ser bem mais tranquila.
Sábado (hoje): Acordei e decidi ir ao Hermitage, o famoso museu da cidade, no qual ainda não tinha ido. Ele é muito bonito e gigante, tanto que só visitei menos da metade dele hoje. Deixei para depois porque é de graça e posso voltar lá quando quiser. O prédio já vale por tudo, porque era a residência de inverno do czar até a revolução russa de 1917. Não tem muito como descrever como é lá dentro, porque tudo é muito detalhado, ornamentado e bonito. Só vi a parte da cultura russa, do prédio em si e da Antiguidade. Ainda falta toda a pintura, o que farei outro dia. Almocei uma comida indiana estranha numa suposta cervejaria da cidade, que no entanto, não possui cervejas diferentes, apesar de ter vários barris de madeira (somente) ornamentando o lugar.
Bom, essa foi a minha semana e estou vendo o que vou fazer semana que vem. Tenho trabalho de segunda até quarta, sem contar a preparação para as aulas. No fim de semana que vem pretendo ir a um concerto e talvez esquiar.
Só completando, falei com a Carol esses dias e ela disse que está tudo bem por lá, apesar de alguns problemas no trabalho. O acesso a internet dela está bem difícil, mas ela disse que deve colocar novidades ainda esse fim de semana.
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sábado, 15 de janeiro de 2011
Volta a St. Petersburg
Já cansei de contar os dias, por isso vou começar a relatar as coisas pelos fatos e não pelo tempo. Hoje começaram as aulas, o que significa que começou o meu trabalho como deve ser. Já tinha começado a trabalhar nas preparações, mas até aí, nada de muito diferente do que eu já estava acostumado na faculdade. Preparar apresentações e pensar como elas serão realizadas não é nada difícil, ainda mais porque os temas tratados são bastante simples quando comparados com a matéria da faculdade. O que muda é a posição que assumimos aqui. Não somos estudantes iguais que apresentam um trabalho para outros iguais. Viemos de lugares distantes e vamos apresentar algo novo para as crianças e adolescente. Essa aura que envolve o nosso trabalho é a novidade para mim e é o que começou hoje. Apesar da preparação não ter sido a melhor possível, porque tudo foi feito meio as pressas e não sabíamos muito bem como seria, o resultado dificilmente seria melhor. Tivemos duas reuniões para decidir o que seria apresentado nas aulas de hoje. A primeira, no dia em que cheguei de Kostroma, foi com o pessoal russo do projeto, em que foi decidido o que faríamos nesse dia. Seriam duas aulas de uma hora e meia, para duas turmas de adolescentes de 16 e 17 anos. Decidimos dividir em duas partes as aulas: a primeira dedicada à nossa apresentação e dos nossos países (nosso grupo tem quatro componentes: eu, duas brasileiras e um sérvio) e a segunda a algum tema dedicado a finanças ou economia. Uma crítica que faço ao projeto é que as pessoas que participam dele não são muito capacitadas a trabalhar com esses temas. As duas brasileiras, por exemplo, são da área e direito e engenharia e o coordenador do projeto é da área de computação. Isso dificulta um pouco as discussões, por não evoluírem, mas no final acabamos por decidir pelo tema que eu sugeri e decidi tocar por conta própria. Decidi apresentar uma breve aula sobre taxas de câmbio, que eu chamei de “economia para viagens”. Nessa direção, eu propus apresentar alguns elementos sobre o funcionamento das taxas de câmbio, mostrando do que se trata, como funciona e elaborei um jogo para ilustrar e cativar os alunos. O jogo usava balas como moedas de diferentes países e eu ia apresentando algumas situações para as pessoas tomarem decisões. Acho que funcionou bastante bem e todos gostaram bastante, apesar de que eu acho que, depois dessa primeira experiência, posso tornar meu jogo muito mais interessante. Acho que isso foi o ponto alto da apresentação, porque envolveu todos e deu para passar a mensagem que eu queria. Além disso, a apresentação sobre os países foi bastante satisfatória e prendeu a atenção dos estudantes, mesmo que na primeira turma fossem bastante bagunceiros e na segunda bastante quietos. Os feedbacks foram mais do que satisfatórios, indo além de uma cortesia que esperávamos da escola. A coordenadora disse que, apesar de receber diversos grupos que realizam apresentações na escola, a nossa foi a melhor que já tiveram. Teve um menino, que apesar de sentar no fundo e ser bem tímido, veio falar comigo ao fim da aula e disse que foi uma aula bastante inspiradora. Não tem como receber mais elogios do que isso, não? De qualquer modo, ainda temos muitas coisas a melhorar e a fazer e acho que a partir de agora, nosso grupo vai funcionar bastante bem.
Eu tava falando das reuniões, mas acabei me empolgando. Tivemos a segunda reunião, somente com o nosso grupo, ontem e decidimos os últimos detalhes. Vamos ter outra na segunda feira para discutir o que faremos na outra escola em que vamos começar a trabalhar. Nessa, em que trabalhamos hoje, vamos voltar todas as quartas-feiras, mas para trabalhar com as turmas de crianças mais novas. Às vezes, essas reuniões são um pouco cansativas e improdutivas, mas é com isso que tenho me ocupado nos últimos dias. Elaborei um plano de aulas, mas ainda não consegui convencer todos com ele ainda, mas acho que com o passar do tempo ele vai ser implantado. Se vocês quiserem dar uma olhada posso colocar aqui depois (só que está em inglês). Tem tido ainda outros compromissos sociais, que tem sido bastante divertido. Ontem, uma menina russa que estava ajudando no nosso projeto deu uma festa de despedida na casa dela, porque hoje ela foi para a Bulgária, onde estuda. Foram só poucas pessoas, mas as que não foram, perderam. A família dela vem do Uzbequistão e a mãe dela fez comida desse país para a gente. Era um tipo de um risoto de frango e carne de porco, mas que usa especiarias, lembrando levemente comida indiana. Uma delícia! Ela disse que o Uzbequistão estava na rotada seda no passado, por isso era caminho de muitos mercadores e assim teve bastante influência de diversos lugares do mundo.
No dia anterior, ajudei o Bagas a respirar ar exterior pela primeira vez em mais de uma semana, quando fomos ao Irish Pub. Não sei como ele aguentou ficar no hostel por tanto tempo, mesmo com o tornozelo torcido. Acho que as outras pessoas não estavam ajudando muito ele e ele estava meio desmotivado. Aqueles problemas que eu disse sobre ele passaram agora que quase todos mudaram do hostel para outro. Agora não está mais tão ruim ficar lá, porque está vazio e tranquilo. Ofereceram-me a mudança para o outro hostel, que tem internet e cozinha, mas eu não aceitei, por causa da bagunça que fica com muitas pessoas juntas, ainda mais pessoas entediadas e sem nada para fazer a não ser ficarem bêbadas em festas. Se for pra me mudar, vai ser pra um lugar melhor.
Quanto ao clima, estava bem quente nos primeiros dias depois de ter voltado, chegando a atingir temperaturas positivas, mas agora voltou a esfriar e está próximo de -15 de novo. O problema foi que o curto período de calor fez com que toda a grande quantidade de neve acumulada se transformasse em gelo e está bem perigoso andar pela cidade agora. Teve uns dias em que nevou muito e que fiquei no hostel trabalhando nas apresentações ou assistindo filmes. Vi o filme baseado na poesia do Allen Ginsberg, Howl, e achei interessante, mas nem tanto. Às vezes é bom fazer essas coisas também. Não dá pra ir ao cinema aqui, porque todos os cinemas passam filmes dublados em russo. Tenho que colocar algumas fotos aqui também, mas vou ver se faço isso mais tarde.
Ah! Outra novidade que tenho é que possivelmente irei visitar a Carol na Índia, no meio de Fevereiro, quando acaba meu trabalho e uma semana antes de eu ir embora. Vai só depender de eu conseguir um visto. Acho que vamos viajar pela região de Delhi. Não programei outras viagens ainda, mas tenho certeza que vou para Moscou algum dia, provavelmente no começo de fevereiro. Estou pensando em dar um pulo em Helsinki semana que vem. O que vocês acham?
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Kostroma, dias 17, 18, 19
Escrevi isso ontem enquanto eu estava ainda lá. Agora já estou de volta a St. Petersburg e vou me acertar por aqui. A viagem de volta, apesar de longa, voi bem melhor, porque uma menina que falava inglês me ajudou na viagem. Acho que vou ter trabalho a partir de hoje e depois conto melhor.
A volta do acampamento para a cidade ocorreu sem problemas. Todos, incluindo as crianças, entraram num ônibus, que percorreu uma estrada cheia de neve e toda esburacada e em mais ou menos uma hora chegou à cidade. No caminho sentei do lado de um menino muito esperto, que se declara comunista e foi bem engraçado conversar com ele. Fomos para um lugar, que eu não sei muito bem o que é, mas parece ser um tipo de escritório do acampamento e de outras atividades relacionadas. Isso era por volta das 4 da tarde. Despedimo-nos daqueles que voltavam para suas casas, mas havia alguns que voltariam para Moscou no trem das 11 da noite e por isso ficamos com eles por mais algum tempo. O que mais me chamou atenção nesse escritório eram algumas fotos que estavam situadas numa parede. Estavam dispostas como um pódio. No terceiro lugar havia alguém que eu não conheço, no segundo, o presidente russo e em primeiro Adam Smith. Estranho, ao menos inesperado, colocarem o Smith na frente do presidente russo, aqui na Rússia.
Depois de nos esquentarmos um pouco com chás, numas canecas que tivemos que lavar com muito esforço, porque pareciam que tinham sido deixadas sujas por alguns anos, saímos para comer num restaurante chinês. O pessoal daqui queria levar a Hao para traduzir algumas coisas no cardápio, porque parece que eles sempre iam nesse restaurante e nunca sabiam bem o que pediam. Ela não estava mais me evitando, mas continuava irritante, me repreendendo por tudo o que eu fazia e só falando comigo com ironia. Eu não estava me importando, mas estava evitando ela pra evitar problemas. A comida não estava muito boa, mas deu pra comer um tipo de gohan, que valeu por tudo. Depois demos uma volta pelo centro da cidade, que é bem bonito. Os meninos, que falavam inglês muito bem, nos contaram tudo sobre lá e várias coisas sobre a história da Rússia. Na praça central havia alguns blocos de gelo, onde haveria uma competição de esculturas, mas que nem acabei indo ver depois. Antigamente esse centro era composto por casa de madeira, mas teve um incêndio que destruiu boa parte da cidade, que foi reconstruída na forma de um leque. Depois desse breve passeio, porque estava muito frio, voltamos para o escritório.
Ficamos tomando chá por mais algum tempo e conversando, principalmente com os garotos. Eles ficavam me fazendo diversas perguntas sobre vários assuntos, um deles que me levou a briga final com a menina. Ela estava, como já disse, extremamente desrespeitosa comigo e eu vivia falando que não havia graça nenhuma no que ela estava fazendo, mas isso só a animava a continuar. Foi tipo o Pit irritando o Lucas numa versão piorada. Eu tinha lavado minha xícara, feito meu chá e ela simplesmente pegou ele e falou pra eu fazer outro para mim. Por enquanto tudo bem. Mas um dos meninos começou a perguntar sobre animais de estimação e ela respondeu que já teve vários e começou a falar que na China os cachorros tem que ter registro e os meninos russos e eu dissemos que nossos países isso não era necessário. Eu não podia perder a piada e fiz valer o ditado de que “perde-se o amigo mas não a piada”. Não fiz por mal, porque achei que o jeito com ela estava agindo comigo era cordial o suficiente para aceitar algumas brincadeiras. Me enganei e o ditado valeu. Disse que na China, os cachorros precisavam de registro se não alguém poderia comer eles. Ela ficou muito, mas muito brava com isso, falando que eu estava ofendendo os chineses e que não era verdade que todos eles comiam cachorros, mas somente em alguns lugares. Eu respondi que não havia dito que todos os chineses comiam cachorros, mas que somente alguns e ela ficou mais brava ainda e ficou me respondendo coisas que eu não entendi muito bem. Aposto que agora ela vai falar pra todo mundo que os brasileiros odeiam os chineses, assim como ela fala o mesmo dos ingleses. Tentei me desculpar com ela depois, mas ela só respondeu que me odeia e ficou por isso, mesmo que tivemos que conviver por mais um dia inteiro. Que saudade da Júlia! Pelo menos nossas discussões, mesmo que não terminassem com alguma decisão ou concordância, não terminavam desse jeito infantil e mimado.
Depois disso fomos para uma sala maior no mesmo prédio, onde tinha um projetor e assistimos a um filme. Era o filme ocidental do Wong Kar Wai, que em inglês se chama My Blueberry Nights. Apesar de a história ser fraca, o filme é muito bonito, com várias cenas com uma bela fotografia e música, cantadas pela Norah Jones, que também é a protagonista no filme. Isso já era por volta das 8 da noite e estavam todos bem cansados. Assim, fomos para a casa do Sasha, onde fiquei hospedado e onde a mãe dele nos esperava com uma comida deliciosa. Tinha batatas, como sempre, além de uma carne que estava muito boa. Conversei bastante com a mãe do Sasha, com o uso dele ou da Katya como tradutores. Ela estudou na academia de culinária de Moscou e continua dando aulas de culinária, pelo que entendi para o ensino médio. Além disso ela é bastante simpática e convidou eu e a Hao para ajudarmos na cozinha no dia seguinte. É claro que aceitei de primeira! Fizemos uns pãezinhos com recheio de repolho, uma torta de berries que eu não sei o nome e também uma pizza, tudo usando uma massa que a mãe do Sasha tinha preparado. Isso tudo foi feito logo depois do almoço, mais ou menos na hora em acordamos, porque estávamos exaustos do acampamento. Depois do trabalho na cozinha saímos para conhecer mais alguns lugares da cidade. Fomos até uma abadia/castelo, que fica nas margens do rio Kostroma, que na curva seguinte se junta com o Volga, acho que o maior rio russo. Era bem legal, com um museu com várias coisas das igrejas da região desde o século XV. Dali, fomos para uma rua onde eles preservam umas casas do século 19, além de uma igreja, todas construções de madeira e muito bonitas. Tinha também algumas esculturas de alguns personagens lendários russos, que aproveitamos para saber as histórias. Tem um dragão de três cabeças que é sempre o vilão. Tem um bicho que parece o Mephistopholes que também é vilão. Tem a Baba Yaga, que é uma bruxa que às vezes é do bem e às vezes do mal. Tem sua casa, que tem pés de galinha e anda. Tem o Ivan, que é o herói, mas também meio inocente e sempre salva as princesas com alguma manobra esperta.
De lá, fomos para um tipo de um shopping que fica perto da casa do Sasha, onde fomos jogar joguinhos eletrônicos. A intenção era jogar air-hoquei, aquele jogo com um disquinho em que flutua numa mesa e que temos fazer gols no adversário. O pior é que eu ganhei todas as partidas... Dali, voltamos para a casa dele, para comermos novamente. Dessa vez comi o peixe que o pai dele tinha pescado no dia anterior, que estava muito bom, acompanhado de um trigo que eles comem aqui, que também é bem gostoso, mas que os brasileiros não gostaram quando comi com eles. Comemos também a pizza, que é bem estranha, com muitos ingredientes misturados e também a torta de berries que estava deliciosa. Ganhei de presente da mãe do Sasha um apitinho em formato de animal que o irmão dele fez. O irmão dele é ceramista e faz umas coisas muito bonitas, que enfeitam a casa dele. Depois de comer, fomos até a casa de dois amigos do Sasha, que também estavam no acampamento, pois fica bem próximo a estação, onde a Hao embarcaria para Moscou. Ali, brindamos com uma bebida sérvia que eu não lembro o nome e também com vodka russa, além de assistirmos o último episódio de Big Bang Theory. Pude usar a internet, finalmente, e publicar os relatos anteriores. Depois deixamos a Hao na estação e voltamos para casa, onde no caminho fizemos um boneco de neve, que para mim era gigante, mas para eles não. Depois coloco as fotos dele. Exautos e todo molhados da neve que caia e que estava no chão voltamos para casa e dormimos bem novamente. Eu dormi num colchão de ar e com bastantes cobertores, mas a mãe do Sasha estava sempre preocupada com o frio, que eu não senti em nenhum momento. Fui muito bem recebido aqui e vou sentir falta, se eu voltar para São Petersburgo e continuar naquele bagunçado hostel...
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