sábado, 22 de janeiro de 2011

Semana


Olá a todos! Ainda to passando calor aqui com a temperatura próxima de zero. Essa semana passou bem rápido, porque foi bem movimentada e ocupada. Na segunda-feira tive uma reunião para decidir e organizar as próximas aulas. Na terça trabalhei nas apresentações que faria na quarta e na quinta, dias em que trabalhei bastante e tive que acordar cedo. É estranho sair cedo aqui, porque as oito da manhã ainda está muito, muito escuro, mas as ruas já estão bastante cheias de pessoas indo para o trabalho. Como já disse, a temperatura não está tão baixa, como já foi alguns dias atrás e, assim, tive que tirar meu sobretudo da mala e começar a usar, porque eu realmente tava passando calor com o meu casaco mais quente.
Na segunda-feira, depois da reunião, fomos para um café onde conheci mais um monte de brasileiros que estão aqui, mas num outro projeto. Tem até um bixo do Insper e um cara do Ita. Eles foram no café também, além de quase todos os outros que estão aqui. Depois, os novos brasileiros voltaram para suas casas, pois não estão acostumados com o ritmo da vida noturna russa, apesar de estarem aqui por mais de 10 dias. Os antigos brasileiros e os agregados (indonésio, sérvio e outros...) decidimos ir pra mais alguns lugares ainda. Tem uma rua aqui, perto do nosso hostel, chamada Dumskaya, que tem bastantes bares divertidos com vários tipos de música. Fui pra essa rua duas vezes essa semana.
Na verdade eu estava escrevendo o texto do jeito que sempre escrevo, como acima, mas fui interrompido por outras pessoas algumas vezes e me cansei, por isso, vou escrever de um outro jeito, relatando dia a dia essa semana.
Domingo passado: Não me lembro mais, mas eu acho que fiquei descansando no hostel, assistindo filmes no computador e acho que fui no Irish Pub pra usar a internet.
Segunda: Tinha uma reunião marcada para a tarde, mas ela foi adiada para o começo da noite (acho que para as 6 da tarde). Na reunião, discutimos como já disse, a nova escola em que daríamos aula e como faríamos isso. Foi bem rápido, porque eu tinha combinado com as brasileiras de não enrolarmos muito como o pessoal daqui gosta de fazer. Depois disso, encontrei todos os outros brasileiros que estavam ali no escritório da Aiesec e decidimos ir pra um bar. Eu fui na frente com o Bagas, porque ele está ainda com o pé machucado e decidimos mudar de ideia e paramos num café bem simpático. Várias pessoas foram para lá também e montamos uma mesa gigante, com 95% de brasileiros. Como eu disse, conheci os outros brasileiros naquele dia. De lá, voltamos para o hostel e, depois de comermos e bebermos um pouco no quarto, saímos para aquela rua da qual falei. Ficamos algum tempo lá, mas como era segunda, não estava muito animado e acabamos voltando pra casa cedo (tipo 2 da manhã!).
Terça: Dormi bastante e no começo da tarde acompanhei o Bagas, junto com o Sasha até o hospital pra ver como estava o pé dele. Esperei por muito tempo lá, já que, como descobri depois, o pé dele não estava apenas torcido, mas com o osso trincado. A Thainá, que também sofreu um acidente aqui, tomando uns pontos no braço, por ter caído em cima de uma garrafa, apareceu depois pra ir no hospital, mas acabou só indo comer com a gente. O que foi chato é que o Sasha perdeu a prova dele por causa do tempo no hospital. Experimentei o kvas, que é uma bebida tradicional, que parece uma cerveja, mas é feito de pão e sem álcool. Já havia tomado isso antes na Finlândia e na Letônia, mas esse russo estava bem ruim, porque era muito doce. A noite fui para o Subway usar um internet mais rápida, pra poder preparar a aula do dia seguinte.
Quarta: Muito trabalho esse dia. Acordei cedo pra ir pra estação e não me atrasar, porque era um pouco longe. Cheguei no horário, mas o mesmo não aconteceu com os outros membros do meu grupo, que dormiram demais. Resultado: tive que dar a primeira aula sozinho. E sem material, que estava no computador da outra menina. Tive que improvisar, mas acho que deu bem certo, na verdade melhor do que o planejado. Tanto que mantivemos o formato que eu improvisei para as duas outras aulas que demos naquele dia. Era numa escola particular, o que é bastante raro para a Rússia, onde o ensino em geral é público. As turmas são bem pequenas, mas muito boas. A primeira aula foi para crianças de 11 e 12 anos e eles falavam e entendiam inglês bastante bem. A segunda para alunos de 13 e 14 anos foi a que mais gostei, porque os alunos estavam mais interessados. A terceira, para alunos de 15, 16 e 17 anos, foi bem desgastante, porque não é fácil lidar com adolescentes, principalmente esses, que eram um pouco mimados (acho que são de uma classe bem alta pra estudarem em escola particular). No total, foram quatro horas e meia de aula, o que me deixou bem cansado. A aula era sobre a apresentação dos países de que viemos e de nós mesmos, mas acabou sendo apenas do Brasil, porque o sérvio não pode ir. A noite teve a festa de despedida do Lucas, que foi embora hoje de manhã. Fomos para outro bar naquela rua, mas antes das 2 da manhã, voltei pra casa, para trabalhar cedo no dia seguinte. A festa foi boa, mas acho que o pessoal abusa na bebida e faz coisas sem pensar. Ainda bem que eu me controlo nessas coisas, porque as vezes é bem estranho o que eles fazem.
Quinta: Acordei bem cedo de novo, pra trabalhar e até encontrei no caminho para o metro os retardatários da festa do dia anterior no caminho. A escola era a mesma da aula do sábado anterior, mas as turmas eram outras. A matéria foi a mesma do dia anterior, mas dessa vez o sérvio estava presente. Deu tudo bem certo, novamente e também pudemos conhecer uma igreja ortodoxa da região da escola no intervalo de 2 horas que tivemos, graças a ajuda de alguns alunos que nos guiaram. As duas turmas era bastante boas, mas novamente fiquei bem cansado ao fim do dia. À noite, depois de descansar um pouco, fui jantar bem num restaurante japonês. Eles adoram aqueles sushis ruins cheios de maionese e outros molhos ou fritos, mas optei pelo tradicional, com sushis de atum, salmão, camarão (cru e cozido), unagui e vieiras e estava bem razoável. Principalmente pelo preço, que não passou de 25 reais. Além disso, comi também um tipo de gyudom, porque queria comer Gohan, mas não estava muito bom por estar muito salgado. Talvez possa encontrar um restaurante com comida japonesa melhor em algum lugar, mas valeu por matar a saudade.
Sexta: Dia dedicado ao visto para a Índia. De manhã, conheci a menina de Taiwan que acabou de chegar e está morando no hostel. A Alana, uma brasileira também estava presente na mesa do café da manhã e decidimos todos irmos para um museu. Antes disso, queria encaminhar os documentos para tirar o visto, e por isso, fui até o escritório da Aiesec, onde poderia usar a impressora. A menina de Taiwan queria conhecer lá também e, por isso, ela e a Alana foram junto comigo. Depois de algum tempo preparando os documentos, passamos no lugar onde se tira o visto, que não é o consulado, mas um escritório responsável por isso. Tirei a foto nos padrões que pediam, mas não consegui preparar tudo, porque precisava da passagem primeiro. Então decidi ir para o museu com as meninas, que ficava numa outra estação de metro. Quando estávamos quase no museu em que queria ir, elas mudaram de ideia e decidiram ir num museu de arte russa, que eu não estava interessado, deixando elas lá. Acabei não indo no outro museu, mas voltando para o hostel e pegando o computador para comprar a passagem e tentar pedir o visto de novo, antes do horário de fechamento do escritório. Deu tudo certo e o meu visto fica pronto no dia 04 de fevereiro. A minha viagem para Delhi está marcada para o dia 17 de fevereiro, com retorno dia 24, mesmo dia em que pretendo ir para Amsterdam, se eu conseguir trocar minha passagem, que está marcada para o dia 25. Espero que dê tudo certo, tanto em relação ao visto quanto a viagem. Na verdade, já fiz contato com meu amigo indiano que conheci aqui e que mora em Delhi e ele disse pra eu não me preocupar, porque posso ficar na casa dele ou de algum amigo dele e que alguém vai me buscar no aeroporto. Assim, acho que a viagem vai ser bem mais tranquila.
Sábado (hoje): Acordei e decidi ir ao Hermitage, o famoso museu da cidade, no qual ainda não tinha ido. Ele é muito bonito e gigante, tanto que só visitei menos da metade dele hoje. Deixei para depois porque é de graça e posso voltar lá quando quiser. O prédio já vale por tudo, porque era a residência de inverno do czar até a revolução russa de 1917. Não tem muito como descrever como é lá dentro, porque tudo é muito detalhado, ornamentado e bonito. Só vi a parte da cultura russa, do prédio em si e da Antiguidade. Ainda falta toda a pintura, o que farei outro dia. Almocei uma comida indiana estranha numa suposta cervejaria da cidade, que no entanto, não possui cervejas diferentes, apesar de ter vários barris de madeira (somente) ornamentando o lugar.
Bom, essa foi a minha semana e estou vendo o que vou fazer semana que vem. Tenho trabalho de segunda até quarta, sem contar a preparação para as aulas. No fim de semana que vem pretendo ir a um concerto e talvez esquiar.
Só completando, falei com a Carol esses dias e ela disse que está tudo bem por lá, apesar de alguns problemas no trabalho. O acesso a internet dela está bem difícil, mas ela disse que deve colocar novidades ainda esse fim de semana.

5 comentários:

  1. Oi Dudu,
    Estava preocupada sem noticias sua e tambem da Carol.
    Aqui esta tudo bem. Acho que fiz errado em trocar o carro, pois deveria ter comprado um bote. Nesta cidade so chove e estamos ficando aguados.
    Dudu, adolescente nao eh facil!
    Passei um perrengue essa semana com o Felipe, ou seja, precisei faltar para ficar esperando por ele e no final, ele pediu para eu ir encontrar com ele no shoping Analia Franco quando caia a maior tempestade.Isso eh adolescencia. Ah! nao fui ao seu encontro.
    SAUDAAAAAADDDDEEEESSSSS.
    Bjs.
    Tia Lena

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  2. Comecei a assistir o jogo Linense e aos 3 minutos a Portuguesa fez 1x0. Ainda bem que o elefante empatou e o jogo está no intervalo. O tio No está assistindo lá em Lins. Parece que os jogos lá vão ser no sábado as 19:30 horas e quando voltar poderemos ir assistir e você pode convidar o Pedrinho.
    De madrugada, assisti uma entrevista do Alex Atala no programa do Zé do Caixão. Ele disse que 60% do sabor do prato é devido ao próprio ingrediente usado.
    Saiu uma reportagem na Exame dizendo que a gastronomia movimenta 180 bilhões de reais com emprego de 6 milhões de pessoas com citações do D.O.M. e Mani.Acho que o Pit está no caminho certo.
    Seu avô fez hole in one no Guarujá e ia dar um churrasco na sua casa de praia. Convenci seu tio a comprar as carnes na Intermezzo, incluindo o carré. Talvez devido a quantidade da compra, eles entregaram aqui em Mogi.
    Na minha consultoria que fiz aqui em Mogi para uma empresa de Santos, a engenheira ambiental era de Lins e seu sogro tinha formado na mesma turma minha.
    Vamos aguardar as suas chegadas (sua e da Carol) com um vatapá do peixe que iremos (o Luis vai também) pescar (assim espero). Segundo o barqueiro está dando bicuda e dourado do mar.
    Compramos uma TV de 32 polegadas para a BaTo e hoje foram instalar.

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  3. Marta Yabase (mãe da Yuubi)24 de janeiro de 2011 às 03:17

    Oi Du, finalmente lí todo o seu blog! O período de festas de final de ano e início é sempre muito tumultuado e queria ler com calma e na sequencia, e como não é pouca coisa, precisei de muito tempo para ler tudo!
    Embora estejamos decepcionados com a desorganização da Aisec, vejo que tanto vc como a Yuubi estão passando por situações das mais variadas e que estão exigindo muito jogo de cintura, muita paciência, muita tolerância - são qualidades muito importantes, tanto na vida profissional como na pessoal! Estão de parabéns por encararem estes desafios!
    Du, que legal este seu trabalho com crianças - que bom que elas gostaram de seu empenho e demonstraram carinho - na verdade elas retribuem o carinho recebido e são sempre muito sinceras. Que continue tendo sucesso em seus projetos!
    Que bom que conseguiu o visto para a India - a Yuubi aproveitará bem melhor o passeio por Delhi!
    Abços, cuide-se!

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  4. Cheguei de Lins ... O Linense apanhou de 3x1 da Lusa , o calor estava terrível , mas uma coisa compensou : a BaTo ficou feliz com a nova TV.
    Aqui, qdo não chove, faz mto calor ...
    Almoçamos com o Lucas , em Mogi , na 5ª feira e ele está um jovem mto responsável. Gosto mto de suas conversas, principalmente qdo opina sobre a vida cotidiana. Mto observador e solidário ....
    O tempo passou depressa , não ? Amanhã é feriado em S.Paulo e , logo chega Fevereiro . Estamos com saudades de vc e da Carol .
    Bjos

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  5. Oi, Edu

    Bom dia !
    Ainda bem que o mundo realmente tenta ser globalizado, encontramos comida japonesa ou brasileira em muitos lugares, que agente as vezes nem imagina, não é a mesma coisa, mas dá pra matar a saudade... se agente fica muito tempo fora acaba , até por gostar da comida, assim mesmo!
    Bom, acho que falta pouco para o retorno de vocês.
    Vejo que tá trabalhando e fazendo coisas novas, isso é muito bom, a Carol creio anda meio sem internet ou cansada pois faz tempo , não escreve, falei com ela no sabado , passado, está tudo bem, pelo menos foi o que ela disse.
    Verei se pescaremos algo no domingo, vamos torcer para não chover...

    abraços

    yabase

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